Seis e meia da tarde, começando a anoitecer. Nestes tempos a gente jantava quase todos os dias, às vezes um lanche, e outras saíamos para algum restaurante. Este foi um hábito que meu pai sempre cultivou: sair com a família para comer "fora".
Vamos lá no "Turquinho"!
Pulo rapidamente do sofá e desligo a TV torcendo o botão até fazer "click".
Todos pro carro, sete pessoas se acomodavam nele. Bons tempos.
Já sentado em um dos bancos altos e estofados que contornavam todo o balcão, observo que de uma janela que liga à cozinha saem bandejas de quibes e esfihas fumegantes e cheirosos que são depositados em vitrines aquecidas aguçando os fregueses.
Olhando pra frente outra vitrine com variados doces, folhados e perfumados.
Na parede de azulejos brancos estão alguns quadros com a foto e descrição dos principais pratos da casa.
Meu pai chama o "Turquinho", que na verdade é libanês e depois de uma rápida conversa elogiando o local aponta para um dos quadros na parede.
A descrição que se segue é eloquente e convidativa e com sotaque;
A costela de cordeiro é refogada com pimenta síria e azeite. Em seguida cozida com grão de bico. Quando as costelas estão derretendo acrescentamos arroz e aguardamos dar o ponto. Demora um pouco, mas é muito bom.
O mais difícil foi o tempo passar...
Mas valeu demais. E para sempre faz parte dos meus cardápios a Costela de carneiro com arroz e grão de bico.
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