Criado solto, o franguinho se desenvolvia sem pressa, sem hormônios nem rações. Ciscava e bicava pelo terreiro andando muito atrás de bichinhos e verdurinhas. Crescendo sempre, magrinho e feliz.
Pela manhã o chamado "Pipipipipipipi" juntava as aves ao redor da casa para complementar sua alimentação diária com alguns grãos de milho e restos de verduras. Uma verdadeira festa de penas multicoloridas: carijós, rajados, os mais variados tons de marrom e preto fazendo alvoroço nas manhãs da roça.
Desta maneira eles amansavam e já se podia observar quem estava ficando no jeito, ou melhor, com o peito mais cheio e as pernas grossas. Ali eram separados os mais encorpados que estavam começando a desenvolver esporas e belas cristas.
Num minuto um grito estridente e logo a água fervente. Depenado e limpo tudo se aproveita.
Do sangue o molho pardo.
Das vísceras uma bela farofa.
Dos pés, cabeça, asas e pescoço um caldo para fortalecer os convalescentes.
Os demais cortes deste animal maravilhoso de carne mais escura e muito saborosa vão para a panela.
Refogado lentamente com ervas e temperos vai formando um caldo acastanhado de bouquet intenso e muito sabor.
Ai é só comer lambendo os dedos.
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