Pac, pac, pac... Estala a madeira começando a queimar na câmara do fogão.
Lá fora o galo canta estridente e as primeiras luzes do sol nascente atravessam a janela de madeira frestada.
Um tacho grande, limpinho, areado com pedra, vai para o meio da chapa do fogão que já fumaceia levemente transmitindo o calor da lenha queimando. No tacho a água e uma pitada de sal aquecem devagar
Sobre a mesa a farinha dourada aguarda a sua vez.
No fogão, a água borbulha e então na mesa mistura-se um pouco de água na farinha de milho mexendo bem até que esteja bem dissolvida.
Para o tacho.
Um pouco de cada vez a mistura vai acontecendo até que começa o trabalho.
Uma grande colher de pau mexe incessantemente a mistura que engrossa preguiçosamente. Quanto mais engrossa mais longe espirram as borbulhas que estalam na superfície amarelada.
A experiência indica o ponto e pronto.
A mesa é esvaziada, limpa e escovada e ali em sua madeira fria é despejado o mingau grosso e amarelo, espalhando o cheiro apetitoso por toda a casa. Ali na mesa a grande massa de milho cozida fumaceia e seca enquanto esfria.
Mãos habilidosas cortam com uma linha belos pedaços que voltam para a chapa do fogão para tostar.
Que delícia, desde os nativos até os colonos italianos e felizmente chegando até nós a deliciosa polenta.
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