Com o "Corcovado" por testemunha eu morei no Rio de Janeiro, eram outros tempos...
Andava pelas belas e históricas ruas com bolsa a tiracolo, e régua "T" na mão. Estudante de arquitetura meu olhar se deslumbrava com os contrastes que séculos de cultura edificaram naquela paisagem paradisíaca.
Como antiga sede do Império e da República, a cidade guardava um refinamento cultural e intelectual apesar de já não ser mais a Capital.
Minha mãe havia me instalado em Copacabana para meu deleite e por ali fui aos poucos me relacionando com alguns "cariocas" da gema.
Era muito perceptível a influência francesa no modo de vida ali na zona sul.
Apesar de já cozinhar um pouco, fazia para mim e outros conterrâneos alguns pratos herdados de família e por isto nunca lavava a louça, vez por outra nos aventurávamos por restaurantes.
Meia dúzia de "Pés vermelhos" caminhavam sobre o "petit pavet" muito bem assentado e desenhado em direção ao Leme. Enquanto caminhávamos discutíamos sobre o que comeríamos;
A data influenciava demais nesta decisão, pois se fosse fim de mês o dinheiro estava curto e um bom omelete em casa resolvia, mas no começo do mês podíamos nos dar ao luxo de experimentar algum cardápio.
No restaurante o "menu" tinha sempre ótimas opções nacionais ou internacionais, alguns clássicos franceses como o Sole a la Belle Mouniére, um filet au poivre e também adaptações com sotaque Francês como o molho bechamel com petit pois, champignons, frango e presunto que deitados sobre massa faziam a alegria dos turistas.
O delicioso fetuccine à parisiense.
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