A ansiedade já era evidente.
O vidro embaçado por dentro e respingado por fora dificultava a visão. Carro cheio, fome, agitação.
Cumpridas as rotinas domingueiras matinais: banho, camisa por dentro da calça, cabelo com gel e topete, Missa... Até aqui o tempo se arrastou.
Agora o almoço.
As opções para esta refeição costumavam ser as mais variadas;
Almoço de família, festa na Igreja, convite de amigo, confraternização de funcionários, churrascaria, restaurante italiano, clube, chácara, piquenique, etc.
Na mesa os mais diversos pratos, das diversas culturas que compunham a nossa sociedade.
Nada isolado, tudo miscigenado. Vivíamos e convivíamos nossas diferentes culturas.
O serviço variava de mesas feitas com tábuas montadas em cavaletes cobertas com papel e travessas de papelão a aparadores de vidro reluzentes com réchauds e toalhas de linho.
Prato na mão, os olhos buscavam e sempre achavam a delícia que iniciava a refeição: batatas cozidas em ponto correto misturadas com um bom molho cremoso, esta mistura dependendo da festa recebia os mais diversos ingredientes que podiam ser camarões ou sardinhas, palmito ou cenoura, presunto ou salsichas, mas sempre combinando muito bem.
Uma base culinária que uniu a rusticidade da batata peruana ao requinte gastronômico da sauce mayonnaise francesa.
O mais democrático dos pratos.
A maionese.
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