A situação precária do estádio baiano Octávio Mangabeira, conhecido como Fonte Nova, já tinha sido atestada em 2005, 2004 e 2001 pelo Corpo de Bombeiros da Bahia.
De acordo com a promotora de Justiça do Consumidor, Joseane Suzart, o laudo apontava problemas na estrutura do estádio, principalmente na movimentação anormal das arquibancadas nos dias de jogos.
Em 2006, o Ministério Público pediu a interdição do estádio, mas a liminar, segundo a promotora, nem chegou a ser apreciada pelo judiciário.
Além dos problemas estruturais, o laudo também apontava problemas sanitários como falta de água e energia na cantina, o que dificultava a higienização dos alimentos. Entretanto, o que mais chocou a promotora foi a falta de equipamentos preventivos.
"Imagina, no século atual, o estado da Bahia, no seu maior estádio, não dispor de uma precaução de instrumentos que garatem o combate a qualquer evento danoso que pudesse acontecer, como incêndios por exemplo."
No último domingo (25), parte da arquibancada do Fonte Nova cedeu e sete pessoas morreram depois de cair de uma altura de 15 metros, durante o jogo entre o Bahia e o Vila Nova.
De acordo com Joseane, a Justiça deve acelerar o processo para que as famílias das vítimas sejam indenizadas o mais rápido possível. (ABr)