Devido à recente adaptação para o cinema, a obra, Ponte para Terabítia (Editora Moderna, 2006), ganhou novo fôlego junto à nova geração. O mérito é, principalmente, da universalidade dos assuntos tratados pela autora. O livro tem um enredo simples. Trata-se da história do menino Jess que, morando com seus pais e três irmãs e estudando numa escola pública de uma área rural, sente-se um tanto deslocado e encontra dificuldades em se relacionar com os outros e o mundo.
A autora do livro, a norte-americana Katherine Paterson, é uma das mais premiadas em seu país, tendo recebido em 1998 a medalha Hans Christian Andersen, o prêmio internacional mais importante no campo dos livros infantis e juvenis, pelo conjunto de sua obra.
A realidade de Jess é mudada com a chegada da pequena e cheia de vida Leslie, que ao se mudar para a vizinhança, acaba por se tornar a melhor amiga do rapaz. Juntos, eles enfrentam conflitos característicos da fase que vivem e encontram em suas imaginações um refúgio para todos os problemas. Terabítia, o reino criado e comandado por eles, localizado próximo à casa das crianças, logo após cruzarem um riacho, é uma terra medieval e mágica, espaço onde os dois passam seus momentos mais felizes.
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Com texto simples, diversos assuntos delicados são tratados pela autora. Ela não busca entregar as respostas aos leitores, mas sim torná-los cientes de uma realidade e levá-los a pensar sobre ela. Da fantasia ao drama, da comédia à tragédia, a história dos dois pré-adolescentes merece ser conhecida por todo e qualquer admirador da literatura e, principalmente, por aqueles que ainda não perderam totalmente a alegria que só as crianças possuem.