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Augusta University

Canabidiol pode tratar câncer cerebral de alta incidência, sugere estudo

Folhapress
05 jan 2022 às 09:22

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- Pixabay
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Um dos componentes da cânabis, o CBD (canabidiol), ao ser inalado, pode ser eficaz no tratamento contra o glioblastoma, câncer cerebral bastante comum, sugere estudo americano.


A pesquisa, feita em animais, averiguou que o CBD diminuiu o crescimento do tumor e também alterou a dinâmica do microambiente tumoral, ajudando no combate da doença.

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Realizada por pesquisadores da Augusta University, nos Estados Unidos, a investigação consistiu no uso de células modificadas do glioblastoma em camundongos. A partir daí, houve a aplicação do CBD inalado nos animais durante sete dias. A pesquisa também contou com um grupo placebo para comparar os resultados.

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"Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor, e seu microambiente era diferente", disse Babak Baban, imunologista e reitor associado de pesquisa do Dental College of Georgia da Augusta University, ao serviço de comunicação da universidade.

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O microambiente tumoral é composto pelas células cancerígenas, mas também por vasos sanguíneos e células imunes. Alterar esse ambiente é de suma importância no combate a qualquer câncer porque ele está associado ao crescimento do tumor.


No caso do estudo, constatou-se que o CBD conseguiu reprimir a proteína P-selectina, que, em casos dessa doença, ajuda no espalhamento do tumor e também na resistência dele ao tratamento.

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Outra molécula sobre a qual o canabidiol agiu foi a apelina, uma enzima que pode estar associada ao desenvolvimento do tumor no seu estágio inicial. Ela também atua no crescimento crítico dos vasos sanguíneos tumorais e, por isso, a inibição dela pode ser um dos pontos importantes para o tratamento do câncer.


A capacidade do canabidiol de regular inflamações, algo já percebido em outros estudos médicos, também foi averiguada durante a pesquisa, ratificando as hipóteses do impacto que a substância tem no glioblastoma.

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Mesmo com esses resultados iniciais, os pesquisadores ainda precisam observar por quanto tempo duram os benefícios do CBD. Eles também relatam que devem estudar com mais detalhes os efeitos que a substância gera nas células-tronco cancerígenas.


As expectativas, no entanto, são positivas. O canabidiol inalado é fácil de ser utilizado, sendo parecido com as bombinhas de asma, o que facilitaria o acesso ao tratamento caso ele se prove útil e seguro em humanos.


Além disso, em um estudo anterior, os pesquisadores observaram que o CBD colaborou na diminuição do surgimento do glioblastoma, mostrando que a substância pode ser aplicada até mesmo no controle de incidência do tumor.

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