Política

Prefeita de Itambaracá recorre de decisão que cassou seu mandato na última semana

05 jun 2023 às 19:46

Eleita em outubro de 2020 com 1.780 votos, a ex-prefeita de Itambaracá (Norte Pioneiro), Mônica Zambon Holzm (União Brasil), recorreu à Justiça contra a decisão da Câmara de Vereadores que cassou seu mandato na semana passada. Acusada de utilizar recursos públicos para promover uma festa particular, ela teve o mandato cassado na quarta-feira (31), com votos de seis dos nove vereadores do município, a cerca de 115 km de Londrina. Ela nega a acusação e diz que a votação foi ilegal, por envolver um suplente sem direito a voto e mulher do vice-prefeito, que acabou assumindo a prefeitura.


A denúncia foi protocolada na Câmara em março deste ano. Segundo a acusação, a festa realizada em maio do ano passado custou cerca de R$ 470 mil e a prefeita teria utilizado recursos públicos para pagar a conta de luz do evento. A ex-prefeita teria antecipado o pagamento do 13º salário dos servidores comissionados para que eles gastassem no local e obrigado funcionários públicos a venderem cartelas de bingo. Com a cassação, o vice, Marcus Vinícius de Andrade (União Brasil), assumiu a prefeitura na quinta-feira (1).


Mônica Zambon negou as acusações e disse à reportagem da Folha que o evento não foi particular, mas a Exposição e Feira Agropecuária de Itambaracá (Efapi), que não era realizada há 22 anos. “Peguei a prefeitura desfalcada e fizemos como era antigamente, fomos atrás de doações. Não saiu dinheiro da prefeitura, nem veio nada para a minha família. Foi tudo arrecadado de doações”, afirmou. “(A cassação) foi uma ação política, os mesmos vereadores que aprovaram as contas (da prefeitura) abriram a denúncia”. Segundo ela, a segunda edição da festa foi realizada neste ano, nos mesmos moldes.


No mandado de segurança protocolado na Justiça, a defesa de Mônica Zambon alega que a sessão de cassação do mandato foi ilegal, pois uma suplente teria participado da votação. Segundo ela, na segunda-feira (29) a Câmara decidiu afastar da votação o vereador Aparecido Pereira de Souza (União Brasil), sob a acusação de que ele teria se beneficiado do evento. Em seu lugar teria votado a suplente Aline Maria Menegasso de Andrade (União Brasil), mulher do vice-prefeito que tomou posse na quinta-feira. CONTINUE LENDO NA FOLHA:

Continue lendo