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Alegou motivos particulares

Após processo por estelionato vir à tona, 'procurador' de Tiago Amaral recua e não assumirá cargo

Douglas Kuspiosz - Grupo Folha
30 dez 2024 às 16:51

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- Reprodução/ Instagram
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O advogado Fábio Rodrigo Turetta, que havia sido escolhido pelo prefeito eleito Tiago Amaral (PSD) para a PGM (Procuradoria-Geral do Município), não assumirá o cargo. A FOLHA mostrou em reportagem nesta segunda-feira (30) que Turetta responde a um processo por estelionato. A vítima seria uma empresa varejista e o crime teria ocorrido entre 2011 e 2012.


A reportagem ouviu com exclusividade Turetta, que negou as irregularidades e disse estar apto para assumir o cargo de procurador-geral do município, uma posição considerada central dentro da administração pública.

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Em uma publicação em suas redes sociais nesta segunda-feira, o advogado alegou compromissos profissionais para não assumir a função a partir de 1° de janeiro. “Infelizmente, a dedicação exclusiva que o cargo exige me impede de aceitá-lo, pois inviabilizaria minha atividade na advocacia”, escreveu em suas redes sociais.

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A equipe de Amaral disse que Turetta comunicou o prefeito eleito nesta segunda-feira e citou "motivos particulares" para recusar o cargo. “Agradeceu ao convite e disse que continuará apoiando a gestão”, pontuou.

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Entenda


A denúncia do MPPR (Ministério Público do Paraná), apresentada em 2019, alega que Turetta, à época responsável pelo setor de importações da empresa, teria solicitado “vários pagamentos indevidos, ou seja, sem que houvesse a efetiva contraprestação em mercadorias ou serviços”. O prejuízo seria superior a R$ 7 milhões, segundo auditoria interna da empresa citada na denúncia do MP. Outras pessoas também se tornaram réus no processo, que ainda não teve nenhuma condenação.

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“Essa empresa quis se lançar no mercado internacional e eu prestei assessoria durante um ano para esse processo de compras internacionais. Esse é um procedimento que, como qualquer negócio internacional, envolve determinado nível de risco. Nós começamos a realizar compras de determinados produtos em determinados países, para que a empresa pudesse se desenvolver”, afirmou Turetta à FOLHA.


“A empresa se sentiu no direito de mover uma ação, fazer uma denúncia, o inquérito durou dez anos e foi trancado por falta de provas. Durante dez anos, a equipe que investigou procurou provas e não encontrou”, relatou. “Mesmo assim, em uma situação bastante peculiar, foi reaberto e foi feita a denúncia. Esse processo está correndo há cinco anos e até hoje não ocorreu nem a primeira audiência.”


Ele ressaltou que, na sua avaliação, o fato de estar respondendo ao processo não inviabilizaria sua atuação como procurador-geral.


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