O ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou em audiência pública na Câmara dos Deputados que não vai devolver recursos usados para financiar a viagem de sua mulher para três capitais do País durante as festas do carnaval. Ele afirmou que a companhia teve como objetivo evitar situações constrangedoras. "Sou casado há 26 anos e sei como é o ambiente do carnaval." Ele classificou a rotina, ao longo de quatro dias, como "absurdamente estafante."
No período, ele esteve em São Paulo, Recife, Bahia e Rio para reforçar ações de prevenção de DST-Aids , inaugurar serviços e conceder entrevistas. "Dormimos pouquíssimo", contou. De acordo com ele, o espaço obtido na mídia com informações passadas para prevenção, se pagos, custariam aos cofres públicos o equivalente a R$ 6 milhões.
O ministro disse também que não vai pagar a viagem a São Paulo, feita um dia antes de ele assumir o cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo. Chioro usou avião da Força Aérea Brasileira. "Não fiz nenhum malfeito", disse. Para tomar posse do cargo de professor, o ministro pediu exoneração por algumas horas. Ele informou que a viagem foi feita no dia anterior à posse, antes de pedir exoneração e, portanto, ainda na condição de ministro. "Fiz tudo dentro do rigor da lei".