Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Emendas de relator

Maioria do STF decide que orçamento secreto é inconstitucional

Redação Bonde com Agência Brasil
19 dez 2022 às 15:37
- Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Por seis votos a cinco, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou inconstitucionais as emendas de relator do Orçamento, as chamadas RP9, mais conhecidas por orçamento secreto. A corte finalizou nesta segunda (19) o julgamento de ações dos partidos Cidadania, PSB, PSOL e PV, que entendem que as emendas RP9 são ilegais e não estão previstas na Constituição.


Até o último dia 15, quando o julgamento foi suspenso, o placar era de cinco votos a quatro contra o orçamento secreto. A presidente do STF e relatora das ações, ministra Rosa Weber, votou pela inconstitucionalidade das emendas RP9 e foi seguida pelos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Ela considerou que o modelo prejudica a distribuição de recursos, o direito dos parlamentares de participar do ajuste do Orçamento e a sociedade, por dificultar a obtenção de informações sobre a aplicação do dinheiro.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Já os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Nunes Marques votaram pela possibilidade da adoção das emendas, mas com a aplicação de formas proporcionais de distribuição e de fiscalização. E o ministro André Mendonça votou para manter as emendas de relator ao entender que a decisão política sobre o destino dos recursos orçamentários cabe ao Legislativo.

Leia mais:

Imagem de destaque
'Ele provocou'

Bolsonaro critica Marçal por comparar cadeirada com facada e reafirma voto em Nunes

Imagem de destaque
Novela judicial

Revisão da vida toda volta ao plenário do STF com voto favorável de Alexandre de Moraes

Imagem de destaque
Entenda

Eleições 2024: candidatos não podem ser presos a partir deste sábado

Imagem de destaque
Excesso de telas

Governo Lula prepara medida para banir o celular nas escolas


Após a suspensão do julgamento, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que muda as regras dos recursos distribuídos pelas emendas de relator para tornar esses repasses mais transparentes à sociedade.


Nesta segunda-feira (19), ao proferir seu voto, o ministro Ricardo Lewandowski disse que a medida apresentou avanços para “mitigar a enorme discricionariedade que o relator tem na distribuição dos recursos orçamentários”. Entretanto, para ele, as mudanças ainda não estão de acordo com os parâmetros constitucionais de transparência. Já o ministro Gilmar Mendes, último a votar, julgou as ações parcialmente procedentes e avaliou que, apesar da necessidade de se garantir mais transparência, não é possível simplesmente declarar inconstitucional a possibilidade de emendas de relator previrem despesas, restringindo-a a ajustes técnicos.


O apelido de orçamento secreto surgiu da ausência de identificação dos deputados e senadores que indicaram a aplicação de tais recursos. Assim, segundo críticos das RP9, as emendas são usadas pelo Executivo federal para cooptar deputados e senadores a votarem matérias de seu interesse em troca de alocações diretas para órgãos públicos. Os recursos previstos para 2023 estão em torno de R$ 19 bilhões.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade