Chairon Luiz, filho de Francisco Wanderlei Luiz, autor do atentado a bomba na Praça dos Três Poderes em Brasília, prestou depoimento à PF (Polícia Federal) em Londrina nesta quinta-feira (14).
A passagem dele foi confirmada pelo delegado-chefe da PF local, Kandy Takahashi. De acordo com ele, Chairon prestou depoimento em Londrina porque estava em trânsito.
Ele é morador de Rio do Sul (SC), cidade de seu pai, e seguia para Campo Grande (MS) a trabalho. O teor do depoimento não foi revelado, mas, de acordo com o delegado, não tem nada comprometedor.
Leia mais:
Câmara de Londrina veta transposição do Vale dos Tucanos
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital
Proposta nacional é mais flexível sobre armazenamento de celular na escola
Em seu blog no jornal O Globo, entretanto, Malu Gaspar deu alguns detalhes do que teria sido dito. Chairon teria informado aos investigadores que não costuma acompanhar as redes sociais do pai e que ficou sabendo do atentado pela imprensa.
Também teria dito que o pai viajou sozinho para Brasília porque teria o desejo de “fugir do frio” e que não sabe dizer quais teriam sido as motivações para o ataque.
No Instagram, Chairon se apresenta como engenheiro mecânico e proprietário de uma empresa de elevadores. Em 2022, teve problemas com a Justiça Eleitoral ao registrar seu voto em Bolsonaro na urna eletrônica e divulgar nas redes sociais, o que lhe rendeu uma multa de cerca de R$ 600.
Wanderlei Luiz morreu no início da noite desta quarta ao arremessar artefatos explosivos contra o STF (Supremo Tribunal Federal). Uma das bombas explodiu próximo a ele e o matou na hora.
O autor do atentado era chaveiro em Rio do Sul e foi candidato a vereador nas eleições de 2020 pelo PL, partido de Jair Bolsonaro - à época, entretanto, o ex-presidente era filiado ao PSL, mas o Partido Liberal já fazia parte da base do governo bolsonarista.
Nas redes sociais, Wanderlei tinha críticas ativas ao STF e a jornalistas e até políticos de direita que considerava “comunistas”.