O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), assinou nesta quinta-feira (16) a ordem de serviço para a duplicação do trecho de 27 km da PR-445, entre o município de Mauá da Serra e o distrito de Lerroville. A obra, reivindicada há mais de 30 anos pela comunidade da região, irá custar R$ 148.032.561,17 e será executada pelo Consórcio DT PR 445, das empresas DP Barros Pavimentação e Construção e Tríade Pavimentações, que terá o prazo de 18 meses para concluir o projeto.
Ao mesmo tempo, o governo tenta finalizar os ajustes necessários para lançar o edital de execução da duplicação dos outros 23 quilômetros, entre os distritos de Irerê e Lerroville, para que a rodovia seja totalmente duplicada entre Londrina e Mauá da Serra. A previsão é que o edital esteja pronto no início do ano que vem.
A PR-445 foi executada na década de 1960, no governo de Ney Braga e, desde então, não havia passado por nenhuma grande readequação, apesar da expansão da região. Na década passada, foram duplicados o trecho urbano da rodovia estadual, entre Londrina e Cambé, e, mais recentemente, foi feita a duplicação do trecho entre Londrina e Irerê.
“Não era possível uma cidade como Londrina, que é a segunda força do Estado do Paraná em termos de população, uma economia muito forte, não ter uma ligação de duplicação nesse trecho até a capital, ligando até o Porto de Paranaguá. É uma rodovia onde aconteceram muitos acidentes durante todas essas décadas", destacou o governador.
As obras vão começar no trevo de Mauá da Serra, avançando gradualmente em direção a Lerroville. Segundo Ratinho Junior, a ordem dos trabalhos foi definida por um estudo de engenharia do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná) em razão das muitas obras de artes previstas para aquele ponto, como viadutos, e também serão feitas em um primeiro momento adequações em alguns trechos de curvas, reduzindo o risco de acidentes. “É o trecho que tem o maior desafio de engenharia”, explicou o governador.
O trecho final, entre Lerroville e Irerê, que compõe o segundo lote das obras, deve ser licitado no primeiro semestre de 2022. A divisão em dois lotes foi necessária, segundo Ratinho Junior, para não travar a rodovia. “São vários viadutos, obras de trincheira, se fizer de uma só vez não consegue fazer com que haja fluxo na rodovia. Conforme essa primeira etapa não atrapalhe mais o fluxo da rodovia, nós começamos a outra. Temos que lembrar que a partir de fevereiro, março, tem a safra de soja. São milhares de caminhões que saem do interior do Estado no sentido porto. Esse fluxo tem que ser pensado.”