A Câmara de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) poderá aumentar seu número de cadeiras de dez para 13. A medida, prevista em um projeto de emenda à LOM (Lei Orgânica do Município), vale para a 20ª legislatura, de 2029 a 2032.
A proposta foi protocolada no dia 18 de novembro e já tem parecer favorável da Comissão de Justiça do Legislativo, devendo ser votada ainda este ano.
Segundo o presidente da Câmara, Leonildo Aparecido Julião, o Tokinho (Avante), Cambé cresceu nos últimos anos e há necessidade de mais representantes.
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“Nossa cidade é demograficamente espalhada. Se pegar de uma ponta até outra, dá 30 quilômetros. A Câmara não tem verba de gabinete e nem banca combustível, o vereador banca por sua conta. Hoje tem muitas regiões da nossa cidade que não têm representantes pelo motivo de ter apenas dez”, justifica.
Considerando a população de 107 mil pessoas, Cambé poderia ter até 17 cadeiras no Legislativo. O número vem variando ao longo dos últimos anos, sendo que foi de 15 parlamentares na legislatura de 2005 a 2008.
“A gente cogitou colocar uma votação para 15, mas houve um consenso entre os vereadores para votarmos apenas 13. Eu acho que é um número suficiente para atendermos bem a cidade”, acrescenta.
O vencimento bruto mensal dos vereadores é de R$ 7.282,71 atualmente, de forma que mais três cadeiras custariam cerca de R$ 21,8 mil por mês. Considerando os quatro anos da legislatura, a despesa seria da ordem de R$ 1 milhão.
O prefeito Conrado Scheller (PSD) avalia que, enquanto o Legislativo seguir um modelo de representatividade, é correto aumentar o número de cadeiras conforme a cidade cresce.
“Precisa ter uma discussão mais profunda sobre isso, não é só: ‘Precisa ter 13 ou não?’. Se forem 13 que não trabalham, não precisa de nenhum. Agora, se forem 13 que trabalham, fazem a diferença e representam a comunidade, que às vezes está desassistida e o poder público não enxerga, então eles são importantes para a comunidade”, afirma.