Demorou, mas chegou o momento dos deputados estaduais analisarem o veto do governador Ratinho Jr. (PSD) ao projeto que obriga a aferição de temperatura no Paraná em repartições públicas e ambientes coletivos, como lojas, bancos e a indústria. A decisão do governo em vetar integralmente o texto é de julho de 2020, mas só foi discutida em plenário quase dois anos depois.
Na época, no auge da pandemia de Covid-19, cinco parlamentares - Luiz Cláudio Romanelli (PSD), Ademar Traiano (PSD), Tercílio Turini (PSD), Alexandre Curi (PSD) e Michele Caputo (PSDB) - sugeriram a obrigatoriedade preferencialmente por termômetros infravermelhos ou por imagem e também multa de R$ 613 em caso de descumprimento. O valor pode ser dobrado em situação de reincidência.
Imagem ilustrativa da imagem Deputados mantêm veto para não obrigar aferição de temperatura no PR
| Foto: Gustavo Carneiro/Folha de Londrina
Em fevereiro, a Sesa alterou uma resolução desobrigando a aferição para febre em prédios públicos e privados de grande movimentação de pessoas.
Votação
O governo levou ampla vantagem em quem desejava a derrubada do veto. Dos 47 deputados presentes, 45 votaram, sendo 37 favoráveis ao posicionamento de Ratinho e apenas sete contra. Dos autores, Traiano não participou porque é presidente. Somente Caputo manteve a opinião emitida no projeto. Os outros mudaram de posicionamento.
"Fizemos o projeto no pico da pandemia, quando os casos e mortes por coronavírus cresciam sem parar. Se o veto fosse discutido, certamente seria derrubado. Mas hoje o panorama da doença no Paraná é outro. Com o avanço da vacinação. não vejo mais necessidade da aferição. É igual a máscara, que não é mais obrigatória", argumentou Turini à FOLHA. Ele é da base de Ratinho Jr. na AL.