O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados faz nova reunião nesta terça-feira (15) para ouvir as testemunhas dos processos dos deputados André Vargas (PT-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA) que não compareceram na reunião da semana passada.
Algumas testemunhas alegaram problemas de agenda, enquanto outras sequer se manifestaram sobre o convite.
André Vargas e Luiz Argôlo respondem a processo por suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso em março pela Polícia Federal por participação em esquema de lavagem de dinheiro.
A defesa de Vargas designou oito testemunhas, entre elas três prefeitos e um deputado estadual paranaense. O Conselho de Ética não tem poder de convocar, mas apenas de convidar testemunhas e algumas delas já receberam o convite duas vezes.
Demora
Para o relator do caso André Vargas, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), é clara a intenção da defesa em protelar o processo. No entanto, Delgado garante que o prazo de 40 dias úteis para a investigação será cumprido à risca (até 29 de julho, se não houver recesso parlamentar; ou até 12 de agosto, se houver recesso).
A defesa de Vargas, no entanto, nega a estratégia protelatória. O advogado Michel Saliba disse que não abre mão das testemunhas e prometeu substituir alguns dos nomes que não demonstraram interesse em depor.