Para a Polícia Civil de Bandeirantes, no Norte Pioneiro, Josias Dias, 39, planejou assassinar a companheira, Josiane Aparecida de Oliveira, 39, e Isabela Ramos, 15. Ou seja, o crime foi premeditado. “Quando o IML (Instituto Médico Legal) chegou ao local dos fatos, a Isabela já apresentava certa rigidez. Isso indica que foi morta um tempo antes da Josiane. Acreditamos que ele chegou na residência, Josiane estava trabalhando, matou Isabela e ficou aguardando a Josiane chegar”, detalhou à FOLHA o delegado Michel Araújo.
A esposa foi executada com facadas nas costas e pescoço, enquanto a adolescente foi asfixiada. A principal linha de investigação é de que o femicídio aconteceu como vingança por Josias ter sido expulso de casa dias antes. “O que temos até o momento é que a relação (do casal) estava conturbada. A esposa tinha pedido para ele sair por conta do vício dele em jogos on-line, em que gastava todo o dinheiro do salário e não ajudava nas despesas de casa”, pontuou.
O suspeito apresentou outra suposta justificativa. “Ele disse que estava sendo traído pela Josiane e que a filha dela estava acobertando essa relação com esse eventual amante. Lógico que vamos confirmar essas falas em interrogatório que será realizado nos próximos dias”, destacou. O casal estava junto há 12 anos.
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Josias foi preso preventivamente numa região de chácaras em Bauru (SP), a 180 quilômetros de Bandeirantes, em uma ação conjunta entre as forças de segurança do Paraná e de São Paulo. “De acordo com as informações que tínhamos, o objetivo dele era chegar ao litoral paulista (onde tem família), contudo, em razão de ações policiais durante a investigação, ele permaneceu em Bauru”, comentou. O homem, que trabalhava como pedreiro, pegou um táxi após as mortes até Cambará e, na sequência, embarcou de ônibus até Bauru.
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