Atribuem a Pitágoras a criação do termo Filosofia e, com certeza, foi (é) um dos homens que maior influxo exerceram na História do Pensamento Universal
Todo o mundo deve ter estranhado a mudança de nome das Faculdades Metropolitana para Pitágoras. Bom, pelo menos, o primeiro soava melhor aos nossos sensíveis (e discriminadores) "ouvidinhos", mas, o segundo... É muito, muito, muito mais significativo.
Nosso herói nasceu na Ilha de Samos (pertencente à Grécia, grudada na costa turca) por volta de 580 antes de Jesus Cristo.
Segundo consta, o seu nome teria sido haurido no mundialmente famoso Oráculo de Delfos (localidade originariamente conhecida como Pitó, do grego: pýthon ou serpente), lar das pítias ou pitonisas (sacerdotisas do Deus Apolo). Estas criaturas, também chamadas de sibilas, eram aquelas jovens mulheres que possuíam poderes proféticos. Em verdade, tinham um tremendo "empregão", postavam-se sobre uma trípode (assento com três pés), sorviam os gases de fontes naturais – habitantes internos do Templo -, e, "doidonas", proferiam os vaticínios; posterior e "devidamente", decifrados por sacerdotes. Uma dessas pitonisas teria previsto o nascimento de um homem chamado Pitágoras, e seu nome haveria de repercutir por todos os séculos vindouros como alguém de extraordinária sabedoria e benevolência.
Visitou diversos países do Mundo Antigo: Babilônia (no hodierno Iraque), Egito, Fenícia (atual Líbano), Índia e Pérsia (o Irã de hoje).
A cerca do ano 531, Samos - sob a tirania de Polícrates - forçou Pitágoras a emigrar para a Magna Grécia. Nosso herói encantou-se com o meio da bela sola da "Bota Italiana", estabelecendo-se em Crotona.
Muitos estudiosos conferem-lhe a paternidade do vocábulo Filosofia. Bom, ao menos, ele se denominava um filósofo, ou seja, "alguém que é amigo e/ou amante da sabença e/ou de conhecimentos".
A Matemática encontrou nele um colendo propagador, dos mais ilustres. Pitágoras afirmava que todas as coisas do Universo têm valores numéricos, são constituídas de números. Realmente, intrigante! A Matemática – como a Filosofia – busca sempre descobrir a verdade. O Teorema que recebe a sua assinatura (pertinente ao triângulo retângulo, provando que "a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa") foi resultado de um aprimoramento em cima de saberes adquiridos durante as perambulações; os babilônios e egípcios já desenvolviam pesquisas matemáticas sobre o polígono de três lados.
Nosso incansável herói-pensador era mesmo fogo na roupa! Ligou os números à Música, descobrindo a relação existente entre o comprimento (e largura) das cordas de um instrumento e a altura dos sons (das notas). Seu nome ainda está relacionado à Acústica e às proporções numéricas que fundamentam a Escala Musical.
Precedeu a Allan Kardec. Influenciado pelo Orfismo (culto místico grego associado ao legendário poeta Orfeu), cria na transmigração de almas. Ensinou a doutrina da Metempsicose (ou do ciclo da reencarnação), processo pelo qual o espírito pode ocupar um novo corpo de homem, animal e planta qualquer após a morte. Desse modo, supunha-se que conseguiria recordar existências passadas.
Imbuído de tantas idéias "revolucionárias" ("subversivas"), decidiu fundar em Crotona uma comunidade diferente que, obviamente, produziu grande confusão, e, que, também, será assunto no eletrizante capítulo porvindouro.