Um estudo realizado por pesquisadores franceses revela que, em apenas 20 anos, a metade dos recordes mundiais esportivos não poderá mais ser superada de maneira significativa.
A razão disso, segundo os pesquisadores, é que os atletas terão praticamente atingido o limite de suas capacidades fisiológicas.
A partir de 2068, deverá ser praticamente impossível quebrar recordes em 90% das modalidades olímpicas, de acordo com o estudo.
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Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Biomédica e Epidemiológica do Esporte (Irmes) da França analisaram os 3.263 recordes mundiais superados em cinco modalidades olímpicas (atletismo, natação, ciclismo, levantamento de peso e patinação de velocidade) a partir de 1896, data dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna.
De acordo com o estudo, o homem utilizava 75% de sua capacidade máxima em 1896, ante 99% atualmente. Em 2027, os atletas atingirão 99,95% de suas capacidades, afirmam os pesquisadores.
Dessa forma, o recorde dos 100 m masculino no atletismo, que acaba de ser quebrado em Pequim pelo jamaicano Usain Bolt, com o tempo de 9s69, deve se situar, pelos cálculos dos pesquisadores, em torno de 9s67 em 2027 e somente poderia ser superado em milésimos de segundos a partir dessa data.
No prazo de 60 anos, a progressão em quase todas as modalidades deve estagnar e melhores resultados em provas como a maratona seriam contados em centésimos de segundos ou, no caso do halterofilismo, em gramas, afirma o estudo.