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Na China

Prestes a ser número um, Nadal esbanja antipatia

Agência Estado
31 dez 1969 às 21:33

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Prestes a ser número um, Nadal esbanja antipatia em Pequim

Rafael Nadal vai ter de esperar até o dia 18 para assumir o topo do ranking do tênis. Mas já pode se considerar o número 1 da Olimpíada num quesito: a antipatia. Nesta quarta-feira, após treino na quadra 1 do complexo de tênis, ignorou alguns pedidos de fotos, respondeu de forma indelicada para os repórteres e não deu atenção para vários voluntários que buscavam um autógrafo.

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O espanhol iniciou o bate-bola às 16 horas e o encerrou uma hora mais tarde. Antes de iniciar a atividade, disse aos jornalistas que daria entrevista assim que finalizasse o treino. Saiu da quadra às 17h30, com pressa e mau humor, nada disposto a assinar a camisa e o caderno de alguns voluntários dos Jogos.

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Cumpriu a promessa e atendeu os repórteres, que eram poucos, com extrema má vontade. A começar por sua postura: de cabeça baixa, com o cabelo encobrindo o rosto, sem olhar nenhuma vez para os jornalistas. Primeiro disse que estava cansado, "por causa dos vários torneios que venho jogando".

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Depois, afirmou que não poderia falar nada sobre a capital chinesa, pois sua rotina tem se limitado à Vila Olímpica e aos treinos. Nada de anormal até aí.


Mas seu humor desabou de vez quando lhe perguntaram sobre a pressão de ser número 1. "Não há diferença nenhuma de pressão entre ser número 1 e número 2 do mundo", disparou, irritado. A irritação aumentou ainda mais após a questão sobre a importância de uma medalha para a carreira e para seu país. "É igual para todos, para qualquer um é importante."

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Na quarta pergunta, após cerca de dois minutos de conversa, o espanhol se cansou e foi embora, ignorando o restante da entrevista. Deixou a imprensa falando sozinha. Os voluntários chineses ameaçaram segui-lo até o vestiário. Perceberam que não valeria a pena e desistiram no meio do caminho.


TRAJETÓRIA DE SUCESSO
Aos 22 anos, Nadal vive seu melhor momento no tênis. Daqui a menos de duas semanas, vai ultrapassar Roger Federer no ranking da ATP, independentemente do resultado na Olimpíada - embora o risco de perder a ponta em pouco tempo seja grande. Neste ano, ganhou sete títulos, entre eles Roland Garros e Wimbledon.

Em sua curta vida profissional, levantou 30 taças e faturou quase US$ 20 milhões. Tornou-se o maior ídolo esportivo da Espanha, à frente até do piloto de Fórmula 1 Fernando Alonso. Em Pequim, é uma das grandes atrações do público. Apenas dentro da quadra.


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