Terminou nesta quarta-feira a polêmica sobre a falsificação de documentos das ginastas chinesas que ganharam ouro na Olimpíada de Pequim. Após a conquista na China, foram feitas denúncias de que as atletas estariam abaixo da idade mínima permitida para competir nos Jogos, que é de 16 anos. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) abriu investigação sobre o caso e concluiu que os documentos fornecidos comprovam a idade divulgada das ginastas.
"A FIG dividiu suas conclusões com o Comitê Olímpico Internacional (COI), que havia solicitado a investigação. O caso foi considerado encerrado", informou a entidade em comunicado. Por outro lado, a federação divulgou que continua a investigação sobre as ginastas chinesas que foram medalhistas na Olimpíada de Sydney/2000, já que "não considera as evidências fornecidas satisfatórias".
A conclusão das investigações sobre Pequim foi comentada pelo presidente do COI, Jacques Rogge. O dirigente confirmou a intenção de agir para evitar casos semelhantes. "Vamos fazer um esforço internacional para garantir que todos os atletas que participem de competições, seja qual for, sejam registrados desde os eventos de base", disse Rogge.
Apesar de evitar comentar sua opinião sobre o caso das ginastas chinesas, o presidente do COI admitiu que a prática de usar meninas ainda adolescentes é recorrente na modalidade. "Na ginástica, há uma tendência para usar meninas mais jovens, já que o peso e a distribuição corporal dessas atletas são mais harmoniosos", afirmou.