A seleção feminina de handebol deixou escapar no último segundo a primeira vitória nos Jogos Olímpicos. Nesta segunda-feira (11) de agosto, o Brasil empatou em 28 a 28 diante da Hungria, em partida realizada no Ginásio Central de Esportes Olímpicos de Pequim, válida pela segunda rodada do torneio feminino. Na terça-feira, dia 12, às 22h (11h pelo horário de Brasília), as brasileiras enfrentarão a Rússia, tricampeã mundial e uma das favoritas ao título olímpico.
O jogo começou equilibrado até a Hungria abrir três gols de diferença, aos dez minutos. Aos 15, quando a pivô Dara levou uma exclusão e ficou fora do jogo por dois minutos, as européias aproveitaram os contra-ataques e aumentaram a diferença para cinco gols. O Brasil acabou o primeiro tempo perdendo por 17 a 12.
O time brasileiro voltou melhor para o segundo tempo. Aos cinco minutos, com um gol de Alessandra, a equipe empatou em 17 a 17. Com excelentes passes da pivô Dani e uma grande atuação da armadora Duda, o Brasil menteve o equilíbrio. Faltando quatro minutos para o fim do segundo tempo, o Brasil virou o placar para 26 a 25. Após uma incrível defesa de Chana, Aline ampliou. A 30 segundos do fim, Duda fez 28 a 27 para o Brasil. Apesar do esforço das brasileiras, no último segundo de jogo a Hungria empatou no último arremesso.
As artilheiras do Brasil foram Duda, com 10 gols, Alexandra Nascimento (6), Alessandra Oliveira (4), Pará (2), Lucila (1), Dê (1) e Pateta (4). Duda comemorou a atuação, mas lamentou o resultado. "Ainda temos chances. Apresentamos um bom volume de jogo, mas faltou um pouco de sorte no último lance. Agora, o negócio é pensar na partida contra a Rússia", disse a armadora. Mesmo desapontada, a ponta direita Alexandra Nascimento não considerou o empate com a Hungria um mau resultado. "O problema foi a maneira que empatamos, pois merecíamos a vitória. Agora é concetração total nos próximos jogos", concluiu
O técnico Juan Francisco Oliver confia na classificação para as oitavas-de-final. "Creio que nosso jogo-chave será contra a Suécia, pois Rússia e Coréia são os times mais fortes do grupo. Acredito que conseguiremos passar para a outra fase", comentou. "Apesar de termos jogado bem no primeiro tempo, falhamos muito no passe. Só posso concluir que elas foram magníficas e, infelizmente, dependemos de um lance no último arremesso e, em handebol, tudo pode acontecer. Vamos aprimorar a nossa técnica e continuar seguindo a nossa estratégia, disputando jogo-a-jogo", resumiu o treinador.