A China vai censurar a Internet utilizada pela imprensa internacional durante os Jogos Olímpicos de Pequim, informou nesta quarta-feira (30) um funcionário chinês, apesar da promessa de liberdade total para a mídia estrangeira durante as Olimpíadas.
"Durante os Jogos Olímpicos, vamos fornecer o acesso à Internet suficiente para os jornalistas", mas não será possível acessar certos sites, como os que trazem informações sobre o movimento espiritual Falungong, que é proibido na China, disse Sun Weide, porta-voz do comitê organizador dos Jogos.
Os jornalistas que já estão no centro de imprensa dos Jogos se queixam da falta de acesso aos sites da Anistia Internacional, BBC, da rádio alemã Deutsche Welle e dos jornais Apple Daily, de Hong Kong, e Liberty Times, de Taiwan.
"Nossa promessa era disponibilizar para os jornalistas os serviços de Internet necessários ao seu trabalho durante os Jogos Olímpicos, e estamos permitindo este acesso", disse Weide.
O Comitê Organizador dos Jogos, pressionado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), tinha prometido um acesso completo à Web por parte dos milhares de jornalistas que cobrirão os Jogos de Pequim.
O presidente do COI australiano, John Coates, reagiu ao anúncio afirmando que o Comitê Olímpico Internacional tomará "muito seriamente" a censura da Internet durante os Jogos.
"É algo seguramente decepcionante. Penso que é um assunto que o COI vai tomar muito seriamente", declarou Coates à imprensa.
O Comitê Olímpico Internacional revelou que pedirá informações às autoridades chinesas sobre as restrições de acesso à Web.