A China lançou nesta segunda-feira (17) uma dura advertência aos tibetanos que participaram nos protestos antichineses para que se entreguem às autoridades, e negou de forma taxativa que suas forças de ordem tenham utilizado armas de fogo. Segundo Pequim, foram os agitadores tibetanos que mataram 13 pessoas nos distúrbios.
"Baderneiros tibetanos mataram 13 pessoas inocentes em Lhasa na semana passada", declarou o presidente da região do Tibete, Qiangba Puncog. "Eles queimaram ou espancaram até a morte 13 civis inocentes", enfatizou, no primeiro informe oficial sobre os protestos registrados na capital tibetana, Lhasa.
No entanto, o primeiro-ministro tibetano no exílio, Samdhong Rinpoche, afirmou, em Dharamsala, que cerca de cem pessoas morreram nos distúrbios no Tibete, ao passo que o parlamento no exílio nesta mesma cidade se referiu, em um comunicado, à possibilidade de centenas de mortos.
As autoridades chinesas marcaram como prazo até a meia-noite desta segunda para que os tibetanos que participaram nos distúrbios se entreguem e advertiram que as pessoas que lhes deram refúgio serão castigadas.
Ante os apelos internacionais de maior moderação por parte da China e informações segundo as quais alguns esportistas poderão boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim, Qiangba tentou acalmar os ânimos e insistiu que as forças de ordem não dispararam contra os manifestantes.
"Como responsável, posso garantir que não houve disparos das forças de segurança. O Exército Popular de Libertação não esteve envolvido", garantiu.