Com a autoridade de campeão olímpico, o nadador César Cielo reclamou nesta terça-feira sobre a falta de apoio financeiro da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) em sua preparação para os Jogos de Pequim, onde conquistou as duas únicas medalhas da natação do Brasil: um bronze, nos 100 metros livre, e o inédito ouro, nos 50 metros livre.
"Não associo a imagem da minha vitória com a CBDA. Muito pouco da minha conquista tem a ver com eles", afirmou César Cielo. "O que importa é que, querendo eles ou não, sou campeão olímpico pelos próximos quatro anos. E isso eles terão que engolir."
O nadador contou que, além de não receber auxílio da CBDA, ainda teve problemas com o presidente da entidade, Coaracy Nunes. "Ele quer que eu volte a treinar no Brasil. Quando fui para os Estados Unidos, em 2006, suspenderam o pagamento dos atletas do time olímpico, cujo dinheiro vem dos Correios. De lá até antes do Pan, tudo foi bancado pelo meu pai. Foi ''paitrocínio'' mesmo", lembrou César Cielo.
OUTRO LADO - Coaracy Nunes afirmou nesta terça-feira que não faria comentários a respeito das declarações de César Cielo. "Eu ainda pretendo conversar com ele durante a realização do Finkel (Troféu José Finkel de Natação, que começou nesta terça, em São Paulo). Nunca tivemos problemas, então quero esclarecer primeiro tudo com ele", disse o presidente da CBDA.