Existe consenso de que o Palmeiras precisa de reforços. Mas a diretoria, Muricy Ramalho e os jogadores veem exagero nas críticas quanto à qualidade do elenco para a disputa do Campeonato Paulista. E reclamam que o time não está muito atrás em relação a Santos, São Paulo e Corinthians. "Todo clube grande passa por essa situação. Vamos mudar isso dentro de campo. Para isso, precisamos de vitórias", disse o volante Márcio Araújo, uma das contratações defensivas do clube no início da temporada.
Muricy Ramalho perdeu a paciência - para variar - após o empate do último sábado contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Não gostou das insistentes perguntas sobre o (fraco) poder de fogo do time. Nem com as questões sobre o jejum de Robert, que é a solitária esperança de gols. "Se ele está aqui, é porque tem condições de ser titular do Palmeiras".
Comparado aos números dos últimos estaduais, o ataque não deixa a desejar. Até agora, foram 16 gols em oito rodadas. A média de dois por jogo é igual à do ano passado, quando a equipe terminou a fase de classificação com a melhor campanha (38 gols em 19 partidas), mas foi eliminada nas semifinais. E superior ao desempenho ofensivo na caminhada do título de 2008 (36 gols em 19 rodadas na primeira fase, média de 1,89).
A queda de rendimento aconteceu exatamente na defesa. Os 11 gols até agora representam média de 1,37 sofrido por rodada. Mais do que os times de 2009 (0,89) e 2008 (0,84). "A gente vê as peças do elenco e percebe que não existe uma diferença tão grande assim. No ano passado, tivemos a melhor campanha e caímos no fim. Quem sabe dessa vez invertemos e arrancamos na hora certa", disse o diretor de futebol Genaro Marino.