'Um sonho'
Apesar da atuação decepcionante na estreia na Copa América, o técnico Mano Menezes não mexeu no time titular no treino desta terça-feira, quando a seleção brasileira voltou a trabalhar depois do empate sem gols com a Venezuela, ocorrido no último domingo, em La Plata, na Argentina. Durante a atividade, ele não fez sequer um teste com um novo jogador na equipe, dando sinais de que deve manter a mesma escalação para enfrentar o Paraguai, no sábado, em Córdoba.
Depois do empate na estreia, Mano chegou a admitir que poderia fazer mudanças no time. Como houve folga geral na segunda-feira, o grupo voltou a treinar apenas nesta terça. E, durante o trabalho realizado à tarde, num dos campos do hotel onde a delegação do Brasil está hospedada, em Campana, o treinador manteve a mesma formação titular com Julio Cesar; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Ganso; Neymar, Pato e Robinho.
Foi um treino de cerca de 40 minutos, utilizando apenas metade do campo, o que deve preparar a seleção brasileira para jogar sem muito espaço, como aconteceu contra a Venezuela, quando não conseguiu escapar da forte marcação. Durante o trabalho, os jogadores voltaram a ter fraco aproveitamento nas finalizações, assim como já tinha acontecido no jogo de domingo. A ausência na atividade foi o volante Sandro, com dores musculares na panturrilha esquerda.
Em entrevista ao site da CBF, Mano avaliou que "a atuação da equipe esteve dentro de uma normalidade que marca todas as grandes seleções em jogos de estreia". "A seleção brasileira tem já definida uma formação ofensiva. Só que essa formação ofensiva não funcionou contra a Venezuela, principalmente no segundo tempo. No primeiro, ainda conseguimos criar chances e poderíamos ter decidido o jogo. Mas depois, não. E é isso que temos de corrigir", disse o técnico.
Para fazer os ajustes que considera necessário, Mano programou um treino fechado para a imprensa na tarde desta quarta-feira, o segundo desde que começou a preparação brasileira para a Copa América. Os jornalistas não terão acesso ao campo durante a maior parte da atividade - cerca de 1 hora e 15 minutos. Assim, ele espera armar algumas surpresas para encarar o Paraguai, em jogo decisivo para a classificação do Brasil para as quartas de final da competição.