A banda paulistana Malta, formada há apenas um ano, vive uma versão moderna do conto de fadas roqueiro. Estourado no iTunes, seu recém-lançado álbum de estreia "Supernova", vendeu 40 mil cópias em quatro dias - um feito que obrigou a gravadora a providenciar uma nova tiragem física, algo incomum nos dias de hoje. A agenda está fechada: 42 datas pelo Brasil até o fim do ano. Na fórmula, hits românticos, histeria e ingressos sempre esgotados.
Os vencedores do programa "SuperStar", da Globo, Bruno Boncini (vocal), Thor Moraes (guitarra), Diego Lopes (baixo) e Adriano Daga (bateria) levaram para casa mais do que R$ 500 mil, um carro zero e um contrato com a Som Livre. Mudaram de vida. Depois de excursionarem pelo Norte e pelo Sul do país, eles se apresentaram nesta sexta-feira (19) no Rio, pela primeira vez.
"Estamos muito felizes. Começamos com o pé direito. E é engraçado que tudo isso tenha acontecido num momento em que desencanamos de fazer sucesso. Quando realmente a gente começou a fazer o que gostava, é que acabou dando certo. Não mudamos nada do que éramos", disse o vocalista Bruno Boncini.
Influências e futuro
Segundo Bruno, as referências centrais são outras. A pegada de "greatest love hits" do grupo, afirma, é mais clássica, com direito a um visual de tatuagens, piercings e camisetas pretas. Para a Malta, não há problemas em assumir os estereótipos do gênero.
Na música brasileira, o sucesso repentino da Malta até aqui pareia com o de fenômenos pop da estridência de Secos e Molhados, RPM e Mamonas Assassinas. Grupos que, sem concursos na TV, surgiram de forma tão rápida quanto sumiram, cada um por um motivo diferente.
"O brilho de todo artista está na obra. Por mais que o cara não seja um exímio vocalista, um exímio guitarrista, se ele compor algo do coração e a música fizer sentido, uma hora ele vai ter sucesso", filosofa o músico.
(Com informações uol)