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Processo contra Michael Jackson é encerrado e Neverland está à venda

29 mai 2015 às 10:11

Um processo por abuso infantil aberto contra o espólio de Michael Jackson pelo coreógrafo Wade Robson foi encerrado na última terça-feira (6), por um juiz de Los Angeles, Estados Unidos. De acordo com a autoridade, Robson demorou muito tempo para procurar as autoridades.

O denunciante já havia testemunhado a favor do artista em um outro julgamento sobre o mesmo assunto, em 2005. E apenas em maio de 2013, ele voltou atrás e declarou ter sido abusado pelo Rei do pop durante sete anos, desde 1990, quando tinha sete anos de idade.


Robson afirma que mudou de ideia após sessões de terapia. "Eu comecei a admitir para mim mesmo que Jackson tinha me molestado. Essa revelação iniciou uma enorme erosão emocional e psicológica na minha vida".


Segundo o juiz da suprema corte, Michell Beckloff, porém, Robson poderia abrir um processo "somente por um tempo razoável depois de qualquer conduta violenta, intimidatória ou ameaçadora".


O advogado do coreógrafo, Maryann Marzano, afirmou que pretende apelar contra a decisão e levará adiante as denúncias contra Michael Jackson. "Estamos confiantes de que quando todos os fatos forem apresentador na corte civil, não haverá nenhuma dúvida restante sobre que tipo de predador sexual Jackson era".


Neverland à venda!


O rancho Neverland, propriedade no sul da Califórnia onde Michael Jackson construiu sua casa dos sonhos, está à venda por US$ 100 milhões, seis anos depois da morte do cantor.


Divulgação/AP


A notícia foi confirmada pela imprensa americana nesta quinta-feira (28), quase um ano depois que a revista "Forbes" antecipou o interesse da empresa de investimentos Colony Capital, dona do rancho, de buscar comprador para o complexo de 1.300 hectares onde o "rei do pop" chegou a ter seu próprio zoológico e parque de diversões.


Essas estruturas foram desmanteladas, mas Neverland, que recuperou seu nome anterior ("Sycamore Valley Ranch"), curiosamente ainda conserva uma lhama e mais de 20 imóveis, entre elas a casa principal com seis dormitórios, duas para convidados, piscina, quadra de basquete, outra de tênis e um cinema com capacidade para 50 pessoas.


Divulgação/EFE


O terreno conta ainda com duas lagoas e uma linha de ferrovia interna com sua própria estação.


A operação de venda está sendo administrada pelas agências imobiliárias Sotheby's International Realty e Hilton & Hyland, que asseguraram ser muito seletivas na hora de atender possíveis compradores para evitar tentativas de fãs do cantor de entrar no lugar fazendo-se passar por clientes. "Não vamos fazer percursos turísticos", comentou Suzanne Perkins, da Sotheby's.


Michael Jackson adquiriu a propriedade em 1988 do magnata de campos de golfe William Bone - por US$ 17,5 milhões de dólares, segundo algumas fontes, e até 30 milhões, segundo outras - e deu asas à imaginação.


Jackson rebatizou o lugar como Neverland, a "Terra do Nunca" descrito pelo escocês J.M. Barrie em suas romances sobre crianças que nunca cresciam e cujo líder era Peter Pan, um personagem que o próprio "rei do pop" tentou imitar.


Divulgação/AP

Neverland


Em 2008, suas desmesuradas despesas lhe obrigaram a pedir ajuda à empresa de investimentos Colony Capital para que assumisse uma dívida de US$ 23 milhões. O rei do pop se aferrava em vida a qualquer opção para manter seu sonho voando, talvez com a esperança de voltar ali algum dia.


Michael Jackson morreu em junho de 2009, aos 50 anos, por uma overdose de anestésico. Sua família, muitos de seus fãs e os donos do Colony Capital pensaram em Neverland para enterrá-lo e transformar o lugar em um local de peregrinação e negócio. Seria, assim, uma espécie de Graceland, a "casa" de Elvis Presley.


Mas Jackson escolheu seu rancho justamente para que estivesse afastado do mundo, difícil de chegar, longe de vias principais, para que ninguém lhe incomodasse.

O cantor foi finalmente enterrado em Los Angeles, e Neverland continuou fechado nestes anos, representando um custo de manutenção milionário para a Colony Capital, que decidiu enfim que é hora de vendê-lo. (Com informações dos sites Rolling Stone e UOL)


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