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Novo disco do Fresno tem violinos e participação de Caetano

12 dez 2016 às 15:55

Maturidade. Essa talvez seja a palavra que melhor resuma a atual sonoridade da banda Fresno. O disco A Sinfonia de Tudo o Que Há, que acaba de ser lançado, mescla sentimentos antagônicos: raiva e tranquilidade, tristeza e alegria e, até mesmo para os mais displicentes, esperança e niilismo.

As 11 composições do novo álbum externam o quanto o grupo liderado por Lucas Silveira (vocal e guitarra) evoluiu em 15 anos de estrada. "Acho que este trabalho mostra um lado mais versátil do Fresno. O álbum pode, sim, ser encaixado na categoria ópera-rock. Essa era a ideia, na verdade", ressalta Silveira.


Muitas dessas canções poderão ser ouvidas neste domingo, 11, na Tropical Butantã, espaço recém-inaugurado em São Paulo, onde a banda faz show de lançamento do CD. "Ninguém ficou muito preocupado na reprodução das músicas ao vivo. O objetivo principal era gravar e deixar tudo aprumado. O formato do show, portanto, seria apenas uma consequência", salienta o músico em entrevista em seu estúdio na zona oeste da capital paulista.



Parte dos arranjos "ousados" de A Sinfonia de Tudo o Que Há surgiu das mãos da orquestra do maestro Lucas Lima. Sim, aquele integrante da Família Lima, que é casado com a cantora Sandy. Lima consegue potencializar o "dramalhão" das composições de Silveira de forma intensa, sem deixar que elas se tornem repetitivas ou excessivamente emocionais.


Com guitarras menos distorcidas e riffs leves, as canções emanam serenidade e equilíbrio. Abrace Sua Sombra e Sexto Andar, por exemplo, promovem uma catarse espiritual interna. "Não precisa ter guitarra estridente para ser rock. Elas estão ali, no mesmo lugar. Só podem não estar em primeiro plano, como costumava acontecer", conta o guitarrista Vavo Mantovani.

Em Hoje Sou Trovão, segunda faixa do disco, uma participação mais do que especial. Caetano Veloso, ídolo máximo de todos os integrantes da banda, empresta sua voz para a emblemática letra de Lucas Silveira. "Nunca acreditei que ele iria aceitar. Quando mostramos a música para o Caetano, para ser bem sincero, ela (a canção) nem estava pronta ainda. Ficamos conversando sobre várias coisas e só depois ele ouviu, gostou e topou gravar", lembra Silveira.


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