O guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, afirmou, em entrevista exclusiva à BBC, que a "fama mata mais que drogas", acrescentando que a heroína "o ajudou" a lidar com a pressão imposta pela fama.
Promovendo a sua auto-biografia Life, Keith disse ainda que viu "muita gente boa" se perder no mundo das celebridades, destacando que o próprio Mick Jagger "esteve lá" na década de 80.
"De uma forma estranha, a heroína e outras drogas me ajudaram a manter os meus pés na sarjeta, não só no chão", ironizou.
A egotrip de Jagger quase acabou com os Stones, segundo Richards, que disse ter tido que "remendar" as relações para evitar o fim da banda.
O guitarrista revela ainda que os roqueiros britânicos do início da década de 60 eram ingênuos no que diz respeito a drogas.
Segundo Richards, a inocência foi perdida através de "segredos de bastidores" trocados com bandas negras americanas.
"Eles chegavam nos shows e tinham um visual tão perfeito e correto. E tinham feito a mesma viagem que nós."
"E nós entrávamos nos arrastando. E isso com menos de 20 anos", disse, acrescentando que o "segredo" era um coquetel de pílulas e fumo, "a única forma de você fazer dois shows em um mesmo dia em lugares distantes 500 milhas".