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Música como instrumento de transformação social

27 set 2012 às 16:45

Todos sabem que praticar música contribui para educação intelectual de qualquer pessoa, mas que também pode contribuir para inteligência emocional, tornando esse individuo uma pessoa melhor. A música é uma linguagem universal e através dela ligamos países totalmente diferentes.


Em Londrina não é diferente, recentemente foi realizado um conserto da Orquestra Sinfônica. Denominado Sonoridades Londrinenses, em que foram apresentados arranjos orquestrais elaborados pelos alunos do curso de especialização em música, habilitação em arranjo musical, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Lá estavam pessoas que fizeram da música parte fundamental de suas vidas desde a infância.


O concerto realizado no Cine Com-Tour/UEL teve regência do maestro, Davi Oliveira. Ele descobriu a música com apenas nove anos de idade, sendo seu primeiro instrumento musical o piano. Atualmente ele é regente titular e diretor artístico da Orquestra Filarmônica Cesumar (OFC). Segundo ele, o evento propiciou uma ponte entre Londrina e Maringá. "Foi um excelente conserto, me senti lisonjeado por ser convidado para participar. Fiquei feliz em ver a casa lotada, a iniciativa está de parabéns", afirma.


O maestro também destacou a importância das crianças poderem conhecer a música, e que essa disciplina nas escolas seria de extrema importância. Para ele, se for realizado um conserto apenas para esse público, pelo menos 10% vão se interessar em conhecer um instrumento musical e quem sabe se tornar um músico. "Na década de 70 tínhamos músicas nas escolas, consequentemente vários artistas. As crianças que são envolvidas nessa arte dão bons frutos", diz.


Enquanto isso do outro lado da cidade, mais precisamente em uma área carente da Zona Leste de Londrina, crianças que nunca sonharam em tocar um instrumento, recebem aulas de musica gratuitamente graças ao Projeto Criança Feliz. Segundo o presidente da instituição, Gelson Alcantara, essa é uma forma de tirar as crianças de uma situação de risco e que sabe poderem se tornar músicos com apresentações no Brasil e no mundo. "Nosso sonho é alto, e parece ser presunçoso, mas eu sei que é possível criar uma orquestra e um coral com nossos alunos, que um dia será reconhecido por todos. Por isso eu sempre digo, que nós devemos ser a mudança que queremos ver", conta.

André Mattos é o atual diretor musical no Projeto. Ele também faz parte da Orquestra Sinfônica de Londrina. Para o músico deveria existir a disciplina de música nas escolas, por questões de cidadania e para o desenvolvimento intelectual e emocional desses alunos. Segundo dados do Ministério da Educação, desde 2008, foi decretado que essa disciplina fizesse parte da grade escolar, mas ainda não foi implantado. "O estudo da música pode mudar radicalmente o rumo da vida de uma pessoa e se tratando de crianças a importância fica mais acentuada, ajudando na percepção, no raciocínio, dentre outras coisas", explica.


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