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Os anos 80 estão de volta? Ou corrigindo, seria o retorno de Renato e Seus Blue Caps e a Jovem Guarda? Tantas evidências convergem para uma releitura da geração dos anos 80, em especial grupos como Ira!, Plebe Rude e Ultraje a Rigor.Outras evidências misturam elementos da jovem guarda com uma fumaça brega que lembra Jane & Erondy.
Essa é a contabilidade do segundo CD do grupo curitibano Magnéticoss, "Elektro".
Gravado e mixado no Estúdio Solo em agosto de 2000, com músicas compostas por Jr Ferreira, produtor e vocalista da proto punk Os Limbonautas (O multi-instrumentista Marcus 'Gusso' Coelho tem duas canções - "Havaiana" e "Parabéns" - e divide duas com Jr: "Ciência" e "S.O.S."), o grupo conseguiu um milagre em um curto período de tempo. Os Magnéticos criaram um álbum sem as mínimas referências às tendências atuais do rock paranaense (alternativo, surf music, psychobilly, punk ou pop).
O álbum abre com "Ciência", um hino que lembra o Ira! do disco "Mudança de Comportamento". Jr encorpora o seu lado Nazi, com nuances e performances indiscutíveis. A letra da canção não se aprofunda em sentimentos, mas é uma brincadeira de adolescentes, que esperam as tretas aparecerem entre um gole de cerveja e outro.
A despreocupação continua em "O dia em que pedrinho se perdeu no milharal" e "S.O.S.". Já em "Parabéns" há uma preocupação em brincar com a palavra, mas também de uma maneira simples, direta. "Ontem" tem um pezinho no rock de Wander Wildner, e também foi selecionada para concorrer ao prêmio Saul Trumpete de melhor vídeo. "Tantas Nuvens", "Slow Motion", "Brinquedo", "Havaiana" e "Peregrino" seguem a oração. "A Bela E O Sapo" tem tudo da Plebe, "Dinosaur" é a única com letras em inglês e a que mais difere da tonalide do álbum. "Jazzo" é outra canção destoante, que lembra o clima em cabarés alemães da década de 30.
Após a faixa 14, a música aparece novamente como um fantasma perdido. E como não poderia deixar de ser ressucita antigos fantasmas. Jr chega a alongar a letra, roubando Chico Buarque, do disco Os Saltibancos, lançado no final dos anos 70: "todos juntos somos fortes, não há nada para temer".
O segundo disco dos Magnéticoss, "Elektro", é recomendado para aqueles humanos que não se ligam em correntes e colares ou decotes. Rock direto, sem malabarismos machadianos, guitarra recheadas de riffs e bateria sem malabarismo. Direto na veia.
Essa é a contabilidade do segundo CD do grupo curitibano Magnéticoss, "Elektro".
Gravado e mixado no Estúdio Solo em agosto de 2000, com músicas compostas por Jr Ferreira, produtor e vocalista da proto punk Os Limbonautas (O multi-instrumentista Marcus 'Gusso' Coelho tem duas canções - "Havaiana" e "Parabéns" - e divide duas com Jr: "Ciência" e "S.O.S."), o grupo conseguiu um milagre em um curto período de tempo. Os Magnéticos criaram um álbum sem as mínimas referências às tendências atuais do rock paranaense (alternativo, surf music, psychobilly, punk ou pop).
O álbum abre com "Ciência", um hino que lembra o Ira! do disco "Mudança de Comportamento". Jr encorpora o seu lado Nazi, com nuances e performances indiscutíveis. A letra da canção não se aprofunda em sentimentos, mas é uma brincadeira de adolescentes, que esperam as tretas aparecerem entre um gole de cerveja e outro.
A despreocupação continua em "O dia em que pedrinho se perdeu no milharal" e "S.O.S.". Já em "Parabéns" há uma preocupação em brincar com a palavra, mas também de uma maneira simples, direta. "Ontem" tem um pezinho no rock de Wander Wildner, e também foi selecionada para concorrer ao prêmio Saul Trumpete de melhor vídeo. "Tantas Nuvens", "Slow Motion", "Brinquedo", "Havaiana" e "Peregrino" seguem a oração. "A Bela E O Sapo" tem tudo da Plebe, "Dinosaur" é a única com letras em inglês e a que mais difere da tonalide do álbum. "Jazzo" é outra canção destoante, que lembra o clima em cabarés alemães da década de 30.
Após a faixa 14, a música aparece novamente como um fantasma perdido. E como não poderia deixar de ser ressucita antigos fantasmas. Jr chega a alongar a letra, roubando Chico Buarque, do disco Os Saltibancos, lançado no final dos anos 70: "todos juntos somos fortes, não há nada para temer".
O segundo disco dos Magnéticoss, "Elektro", é recomendado para aqueles humanos que não se ligam em correntes e colares ou decotes. Rock direto, sem malabarismos machadianos, guitarra recheadas de riffs e bateria sem malabarismo. Direto na veia.