A Academia de Artes e Ciências de Gravação, equipe responsável pela organização do Grammy, fez um acordo confidencial com sua ex-presidente Deborah Dugan, após uma longa batalha judicial entre ambas. A medida foi noticiada pelo jornal americano The New York Times, nesta sexta-feira (25).
Um comunicado conjunto divulgado na quinta-feira (24), afirma que tanto a Academia quanto Dugan "concordaram em resolver suas diferenças e em manter os termos de seu contrato em sigilo".
O acordo, que surge antes mesmo do início das audiências sobre o caso, acontece após mais de um ano da demissão de Dugan, ocorrida em março do ano passado, e uma série de polêmicas envolvendo o Grammy, a principal premiação de música do mundo.
Leia mais:
Chico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
Jonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
Guinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
Dugan ocupava os cargos de presidente e executiva-chefe da equipe. Sua demissão aconteceu após ser colocada de licença administrativa em janeiro, acusada de cometer má conduta, dias antes da 63ª edição da cerimônia.
"Demos a ela nossa confiança e acreditamos que ela efetivamente lideraria a organização", dizia uma carta do comitê quando a demissão foi anunciada. "Infelizmente, não foi isso o que aconteceu."
Em queixa à Comissão de Igualdade no Emprego, Dugan afirmou na época que sua demissão aconteceu como retaliação por ter exposto diversos delitos de conduta na organização, incluindo assédio, estupro, procedimentos de votação inapropriados e conflito de interesses no conselho.
Em resposta à acusação, o comitê disse que era "curioso que Dugan jamais tivesse mencionado esses graves relatos antes de ser alvo de uma queixa judicial".
A queixa citada pelo comitê se refere às acusações contra Dugan, que afirmavam que seu trabalho era "tóxico e intolerável" e que ela tinha uma conduta "abusiva e intimidante".
Dugan chegou à presidência depois de anos em que a Academia ouviu reclamações de ser muito branca, masculina e velha -o que se reflete nas premiações. Aos 61 anos, ela assumiu o cargo em 2019, como primeira mulher presidente e executiva-chefe da entidade.