A Globo iniciou um processo de venda da Som Livre, uma das maiores gravadoras do Brasil, que pertence à empresa. A informação foi revelada pelo Valor Econômico e confirmada em comunicado.
A decisão faz parte de um processo de transformação da Globo, que está cada vez mais orientada ao modelo D2C (direct to consumer). Segundo o comunicado, a empresa "tem feito uma revisão detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal".
"A Som Livre é um negócio extremamente sólido e rentável. Há dez anos, fez uma grande e bem sucedida mudança em seu modelo de negócios, migrando seus investimentos para a gestão de talentos, e transformou sua marca numa grande potência do seu segmento, com atuação em várias plataformas", diz Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo, no comunicado.
Leia mais:
Chico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
Jonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
Guinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
A decisão de vender a Som Livre está relacionada ao processo de unificação das plataformas de mídia da empresa, o Uma Só Globo. TV Globo, Globosat, Globo.com e DGCORP (Diretoria de Gestão Corporativa) devem ser unidos em um único CNPJ.
A Som Livre foi criada em 1969 pela Globo com o objetivo de produzir e colocar à venda as trilhas das novelas do canal. Ao longo dos anos, a gravadora também lançou coletâneas e discos originais de nomes como Tim Maia, Rita Lee, Lulu Santos, Barão Vermelho, Cazuza, Luiz Melodia, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Elis Regina, Djavan e Novos Baianos, entre muitos outros.
Atualmente, a Som Livre é a terceira maior gravadora em operação no Brasil, incluindo as multinacionais, Warner e Universal. Estão hoje no catálogo da Som Livre alguns dos artistas mais ouvidos do país, como Wesley Safadão, Zé Neto e Cristiano, Xand Avião, Thiaguinho, Marília Mendonça e Luan Santana, entre outros.
"O Brasil é um mercado onde a música local representa quase 70% do consumo total. A Som Livre, com foco integral na música brasileira, cresceu por mais de dez anos seguidos numa velocidade maior que a do mercado. Ter chegado à posição de terceira maior gravadora do Brasil apenas com conteúdo brasileiro nos enche de orgulho", diz Marcelo Soares, diretor-geral da Som Livre, também no comunicado.