Depois de mais de dez anos sem lançar um novo disco no Brasil, o cantor Edson Cordeiro vai fazer dois shows no Sesc Santana, sábado, 22, e domingo, 23, com repertório novo. O disco que ele traz chama-se Fado, uma homenagem ao ritmo português. Um álbum gravado com a formação instrumental típica dos tradicionalistas lusitanos.
Em um texto que apresenta seu novo trabalho, ele fala do que o levou a esse destino: "Cantar fado, para mim, é como reencontrar um parente distante que, apesar do tempo e da distância, nunca perdemos a conexão. Conexão que não está apenas em minha herança genética, uma vez que carrego os nomes Pereira, Lima e Cordeiro, que vieram para o Brasil há tantos anos. O fado me faz resgatar esta identidade adormecida. Mas, se trago o fado nos sentidos, é porque uma voz o despertou: a voz soberana de Amália Rodrigues."
À reportagem, Cordeiro, que estabeleceu-se na Alemanha, é mais contido ao responder a algumas questões por e-mail. O que o motivou a morar fora do País por tanto tempo? "O abraço do público alemão e a qualidade de vida inigualável." Como foi sua temporada na Alemanha? "Sempre de muito sucesso." Você vai voltar a viver no Brasil? "Penso que não. Mas, normalmente, venho três vezes ao ano com turnês sempre com muito sucesso." O que o levou a fazer um disco de fado, que lança agora? "Um sonho que cultivo há anos. Mas o tempo preparou minha voz e minha alma para cantar o fado. E também é uma homenagem aos meus ancestrais que vieram de lá." E como chegou a esse repertório? "Meu repertório é tudo o que aprendi com a grande e soberana Amália Rodrigues."
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Seu show não será baseado apenas no álbum, cantando fados como Lisboa à Noite, de Fernando Santos e Carlos Dias; Meu Amor é Marinheiro, de Alain Oulman e Manuel Alegre; Barco Negro, de David Mourão Ferreira e Matheus Nunes; Estranha Forma de Vida, de Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro; e Fado Tropical, de Chico Buarque e Ruy Guerra. O repertório vai incluir também músicas de outras fases do artista. Quem o acompanha, no entanto, são os músicos fadistas Wallace Oliveira, na guitarra portuguesa, e Sérgio Borges, ao violão.