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A exposição “Divina Humanidade” traz trabalhos da escultora Tita Stremlow

24 jan 2008 às 17:28

“A arte está na vida.” Assim, a artista plástica Tita Stremlow define a inspiração para fazer as esculturas em madeira que são a expressão de um talento que ela cultiva há mais de 70 anos. A força desta expressão pode ser conferida na exposição “Divina Humanidade” em cartaz, no Museu de Arte de Londrina (MAL). Na mostra, obras sacras e figuras humanas se encontram, evidenciando a beleza da arte clássica com lufadas de oxigênio que transmitem ao espectador um sentido de renovação.

A exposição, que fica aberta até 31 de janeiro, reúne trabalhos de várias fases da artista e tem no “movimento” um centro de atração. Da madeira bruta, Tita Stremlow extrai, por exemplo, o vento e a chuva, transformando-os em sensações que imprime de modo singular a figuras humanas e de animais. Esta arte sinestésica está na raiz de seu aprendizado.


A artista de 87 anos nasceu em Munique (Alemanha), onde passou parte da juventude e freqüentou um ateliê de escultura, colhendo influências do expressionismo que viriam a marcar sua obra.


Em 1952, ela se casou e veio morar no Brasil, mais precisamente no Norte do Paraná, vivendo primeiro em Apucarana e mais tarde em Rolândia, cidade em que ela mantém um ateliê onde trabalha diariamente, todas as manhãs: ”Nesta hora do dia tenho idéias claras” - diz.

A artista luterana dedica parte de seu trabalho à arte sacra: figuras de santos, a Sagrada Família, o nascimento de Jesus e as cenas bíblicas formam um acervo que transpira fé.


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