A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o incidente que terminou com uma bebê de um ano e três meses, queimada em uma creche de recreação particular, na zona norte de Londrina, na tarde de terça-feira (9). O delegado de plantão ouviu na Central de Flagrantes a cuidadora do estabelecimento, a dona, os policiais militares que atenderam a ocorrência e o pai da criança.
As informações deverão ser remetidas para o Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), que vai dar andamento na apuração. Uma funcionária que teria presenciado o fato deverá ser interrogada, além da mãe da criança. Exames periciais também poderão ser solicitados, para indicar se houve culpa, dolo (intenção) ou foi apenas um acidente.
A bebê sofreu queimadura térmica – ou seja, provocada pelo calor – de primeiro e segundo grau nas mãos, pernas e joelhos. Ela foi atendida pelo Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) e inicialmente levada para o PAI (Pronto Atendimento Infantil) e, na sequência, transferida para o HU (Hospital Universitário).
Nesta quarta-feira (10), a instituição de saúde informou que a garota está no pronto-socorro pediátrico com auxílio da equipe do CTQ (Centro de Tratamento de Queimados), acordada e respirando naturalmente.
A família mora na região norte e havia deixado a bebê pela primeira vez na unidade na terça. “Ligaram para a minha esposa, falaram que estava tudo bem, mas que era para ir na escola. Chegando disseram que a criança tinha caído e se machucado. Fomos ver e nossa filha estava cheia de bolhas nos joelhos, nos pezinhos e na palma das mãos. Não deram satisfação nenhuma”, relatou o pai da criança, o padeiro Caio Vitor Marcelino Fernandes.
Ele registrou BO (Boletim de Ocorrência) e acredita que houve uma suposta negligência no cuidado com a filha. “Como sai para trabalhar e volta buscar a criança desse jeito, toda queimada? Eu acredito que deixaram ela brincando no parquinho, no Sol. Isso é irresponsabilidade”, classificou.
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