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Lilith a Lua Negra sobre Malévola

18 ago 2014 às 19:44

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Deus criou Lilith e Adão feitos do barro, diz a lenda judaica cristã. E quando Adão queria que Lilith lhe fosse obediente, ela dizia-lhe que eram iguais e discutiam.

Chegou um tempo em que Adão pediu para seu criador que lhe desse outra companheira, esta mais submissa e obediente. Deus então tirou de sua costela, a Eva, sua segunda esposa.

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Lilith rejeitada desceu para debaixo da terra e lá se casou com Asmodeus jurando vingança contra o homem e seu criador, passando a ser tida como um demônio lascivo e aterrador.

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Assim como Eva, teve muitos filhos que povoaram a Terra. Até hoje eles cumprem a vingança de sua mãe não permitindo que nenhum relacionamento obtenha sucesso enquanto Lilith não for acolhida e amada.

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Numa análise dessa figura do imaginário coletivo, temos que Lilith se tornou o aspecto que foi reprimido no processo civilizatório com visível orientação masculina em relação ao corpo da mulher como gênero e do feminino como instância psíquica que tanto atravessa homens quanto mulheres.


O corpo feminino lilithiano é livre e independente do homem e de sua civilização autocentrada.
Ao ser rejeitada por Adão, o primeiro homem e representante da civilização cristã, Lilith foi soterrada na psique. Desceu para o centro da Terra onde iniciou sua carreira demoníaca. O que equivale a dizer que foi reprimida e submergiu no inconsciente tornando-se um aspecto
sombrio e temerário, pois cabia à mulher ser tão somente uma Eva, o aspecto doce e submisso da mulher.

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No entanto, esse doce aspecto escondeu em seu interior mais profundo, o aspecto independente, bravo e guerreiro.


Lilith é comparada à Lua Negra, representando o vazio absoluto e o cheio por densidade, provocando emoções densas e de caráter de extrema intensidade. Devido a essa categoria de grande força, Lilith pode ser o veneno quando inconsciente e o elixir de cura quando o ego admite e acolhe seu aspecto sombrio.

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Imagine a ira deste aspecto que vem sendo soterrado há, pelo menos, 2014 anos de um modo sorrateiro e sempre escondido dos olhos da civilização patriarcal. As mulheres que ousaram alguma coisa mais abertamente foram queimadas na fogueira por um longo período da história.


Mulheres com grande sabedoria tiveram de abrir mão de suas descobertas em nome de algum homem para que sua ciência fosse reconhecida.

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Até bem pouco tempo atrás o marido não permitia que sua esposa participasse das conversas na sala onde só podia entrar para levar o chá ou o café para as visitas. A mulher que ousasse ter prazer no sexo seria imediatamente considerada como imunda.


Na Índia as mulheres são literalmente desprovidas do prazer através da mutilação causada com a retirada de seu clitóris e por aí afora há milhões de exemplos da tirania do sistema patriarcal contra o feminino tanto gênero quanto instância psíquica e tudo vêm em nome de um deus pai.

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O ódio produzido por tantas injustiças ao feminino é um ódio coletivo. Ele não possui apenas um caráter inconsciente individual, mas sim um caráter inconsciente coletivo. O que aconteceu e ainda acontece com as mulheres do planeta afeta, consciente ou inconscientemente, a todos nós.


A união de Lilith com Asmodeus, um dos vários nomes do demônio, significa que esse aspecto feminino rejeitado e reprimido pela civilização cristã encontra guarida para sua vingança através de sua própria ação concreta e objetiva.

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É um casamento entre as sombras, uma união obscura e sombria entre os pares anima e animus negativos. O aspecto da anima rejeitado usa de seu aspecto de animus para produzir as ações, para produzir seus filhos, sua cria que irá massacrar o seu objeto de ódio, ou seja, o homem e suas relações afetivas. Esses seus filhos são vistos nas projeções negativas em que homens e mulheres descarregam em seus parceiros, em seus filhos e filhas; em seus amigos e entre as nações.


Um exemplo de casal que seu uniu dentro desse mesmo aspecto é o famoso par Bonnie e Clyde, assaltantes e assassinos que aterrorizaram os Estados Unidos durante a grande depressão do país. E como eles há muitos que se unem em cumplicidade aterradora.


Lilith e Asmodeus perfazem o par de sombras maligna e odiosa que se projeta no outro e pode destruir a Terra através do ódio, do ciúme e da inveja.


Assim temos que a misoginia, o ódio à mulher, gera a misandria, o ódio ao homem que, por sua vez, irá gerar a misoginia e assim caminha a humanidade sem se utilizar da razoabilidade, imersa na indiferenciação psíquica, imersa na inconsciência e inconsequência.


É de se perguntar quando iremos compreender e finalmente acolher que instintos e razão devem caminhar juntos, que a Terra é apenas um minúsculo pontinho no Universo e que tanto homens quanto mulheres são responsáveis pela sua natureza; que a física e a biologia precisam fazer uma composição com a psicologia e a filosofia; que a realidade psíquica deve compor com a realidade imediata; que o imaginário é uma linguagem tanto quanto o verbo; que o pensamento primário deve compor com o secundário; que tudo, absolutamente tudo no Universo se utiliza e se explica através da composição dos atributos masculinos e femininos num imenso e incomensurável degrade e que todos são maravilhosos em sua expressão de vida e intensidade ¿.


Toda a produção humana é passível de ser analisada por que ao produzi-la opera-se um mecanismo inconsciente chamado projeção. Aquilo que está inconsciente para o sujeito, bem como sua subjetividade, se expressa projetivamente em seu objeto de produção.


Um filme é como se fosse um sonho, muitas são às vezes em que as pessoas cometem o ato falho de dizer no meu filme quando queriam dizer no meu sonho. Em um filme está projetado também aquilo que está sendo vivido no imaginário coletivo, posto que o homem é um ser social.


O recente filme intitulado originalmente de Maleficent e aqui traduzido por Malévola nos remete de volta à lenda de Lilith, confirmando que uma matriz de pensamento se reproduz de tempos em tempos até que seja assimilada e transformada pela consciência emocional do ego.



MALÉVOLA
O filme se inicia entre dois reinos distintos, o mundo de Moors habitado por criaturas míticas dando ênfase a Malévola, a princípio uma fada alada ainda menina, de olhos doces e curiosos, demonstrando liderança, amor e proteção a esse reino.


E do outro lado da fronteira desse lugar, existe o castelo do velho Rei e seu mundo habitado por humanos temerosos e por isso, agressivos, perante seu reino vizinho, a encantadora terra de Moors.


O fascinante mundo do inconsciente e seus conteúdos desconhecidos pelo ego e que, exatamente devido a tal desconhecimento, o ego pressente ali suas sombras, seus medos, seus temores mais profundos e suas mais deliciosas e fabulosas fantasias.


Mitos, filmes, contos de fadas, crença nos espíritos e os sonhos, exploram essas fantasias através do imaginário que não são nada mais e nada menos do que conteúdos psíquicos inconscientes.


A mitologia, filmes e contos de fadas frequentemente trazem conteúdos de ordem arquetípica, ou seja, uma situação psíquica, um problema ou um conflito que pertence a toda humanidade.


O filme nos garante que é possível unir ambos os reinos através das figuras do masculino e do feminino que ousam criar um vínculo afetivo e proibido pelo mundo patriarcal ou mais acertadamente, pelo sistema do monetarismo.


Todo arquétipo é de caráter cultural e assim, o feminino que não é uma prerrogativa apenas da mulher, representa a capacidade de amar, o princípio de Eros que atravessa homens e mulheres. O masculino, por sua vez, representa o princípio do Logos, a capacidade de planejar e executar que atravessa ambos os sexos.


O castelo habitado pelo Rei e seu menino príncipe, representa o sistema monetário e patriarcal que conhecemos. Para adentrar ao mundo de Moors, a floresta desconhecida, o mundo do imaginário, o mundo do inconsciente é preciso coragem. O menino príncipe ultrapassou a fronteira e conheceu a fada Malévola.


Quando o garoto parte para a floresta, para o desconhecido, para conhecer seus conteúdos psíquicos junto ao inconsciente, precisa superar o medo da mata e como diz Robert Blay em seu texto sobre João de Ferro-Um Livro sobre Homens, precisa superar o medo do irracional, das coisas peludas, da intuição, da emoção, do corpo e da natureza. A mente não é tão primitiva e nem tão nefasta como se imagina.


Esse encontro, de início inocente e honesto, em breve, dará lugar à ação traiçoeira e ambiciosa do rapaz que deseja tornar-se o Rei. Corta as asas de Malévola numa vã tentativa de torna-la fraca, mas como seu amor era imenso, seu ódio sobrevém com a mesma intensidade contra aquele que um dia amou e confiou.


Ele poderia tê-la matado, mas no momento de fazê-lo sua traição contra o mundo de Moors não foi totalizada devido a já possuir consciência emocional e vínculo afetivo para com o conhecimento da sombra. Quando é conhecida pelo ego, este percebe que ela não é tão nefasta e nem tão horrenda quanto o sistema monetário a faz ser e imaginar.


Devido a está pequena réstia de conhecimento do mundo das sombras, nossa história ainda terá um final feliz. Dessa réstia de conhecimento emocional nasce Aurora, como veremos.


Quando suas asas foram cortadas, Malévola foi também diminuída em sua independência e liberdade tal qual Lilith. No entanto, a dor maior foi a traição. Malévola agora não é mais uma fada, é uma bruxa e Stephan, o menino príncipe, ao entregar ao pai as asas de Malévola, o grande troféu que representa a glória do monetarismo, torna-se o Rei.


O que nos faz acreditar que é através do sacrifício da independência, do sacrifício do voo criativo e saudável dos seres humanos e de sua capacidade em estar acima das coisas para enxergar aquilo que, de fato, é importante e de sua liberdade que o homem ou a mulher torna-se a grande pessoa de sucesso no mundo das coisas e do dinheiro.


Para se tornar Rei ele sacrificou, acima de tudo, a sua capacidade afetiva, essa mesma capacidade que nos distingue do sociopata. O monetarismo nos incita a uma das mais terríveis doenças psíquicas.


A fada representa as capacidades mágicas da imaginação. Segundo Jean Chevalier e Alain Gheerbrant em Dicionário de Símbolos, a bruxa é a versão fêmea do "bode expiatório" sobre o qual são transferidos os elementos mais obscuros das pulsões que foram reprimidas pela consciência.


Enquanto essas poderosas forças obscuras continuarem inconscientes sem serem assimiladas à luz do conhecimento emocional e dos sentidos a bruxa continuará a viver em nós e no mundo.


No entanto, é a bruxa aqui comparada a Lilith que escapa do apetite devorador monetário. Ela pode determinar uma evolução fatal em direção à morte do sistema. Vem representar um elemento excêntrico, marginal e errático que foge à ordem e ao ritmo estabelecidos.


O reino de Moors pode ter perdido suas asas, mas ainda existe e ainda se faz temer. O sistema monetário o observa constante e temerosamente lançando medidas cada vez mais alienantes na esperança de contê-lo.


Mas, um raio de sol desponta no horizonte e ele se chama Economia Baseada em Recursos; Comunidades Autossustentáveis e muito mais. É a Aurora, um novo dia, um novo brincar, o devir, a princesa nascida no reino do monetarismo e tomada por Malévola.


Quando o conteúdo psíquico surge em forma do imaginário, não significa que haverá uma mudança imediata na ordem social e cultural. Significa apenas que a utopia já existe e um dia poderá se realizar. Afinal, o que são duzentos anos para o planeta Terra e para o Universo¿


A tecnologia e a ciência estão avançando cada vez mais e com mais requinte, chegará um momento que esse velho sistema monetário e patriarcal não conseguirá se sustentar pelo simples fato de se tornar obsoleto.


Não podemos nos esquecer de que hoje, a tecnologia e a ciência estão utilizando, em si mesmo e não como instrumento de poder, a composição de ambas as instâncias psíquicas masculina e feminina, o que as tornam fortalecidas tanto em razão quanto em sentido instintual. Essa composição é infalível, pois se trata da razão sensibilizada pelos sentidos.


O velho Rei, aquele que detém a memória antiga ou mesmo o arquétipo do sistema monetário, já está morto. Seu filho Stephan que na idade da inocência, experimentou as delícias do mundo de Moors e que por ambição ao poder traiu Malévola, sua própria capacidade de amar, agora é o novo Rei. De seu casamento nasce Aurora, a princesa. O raiar de um novo dia, o devir.


Convida as fadas para comemorar o nascimento, mas não convida Malévola que aparece repentinamente rogando a famosa praga de morte sobre a menina quando esta chegasse aos seus 15 anos através de um pico de fuso, a qual uma das fadas, consegue minimizar com um sono profundo por cem anos.


Acontece, porém, que quando olhamos para o abismo, este também nos olha. E Malévola observada, passa a observar Aurora e por ela cria um carinho e vínculo amoroso. Afinal ela representa a encantadora Eva que também é vítima do sistema.


Chega um tempo em que Malévola queria retirar sua maldição de sobre Aurora, mas uma vez proclamado o ódio sua intensidade penetra tão completamente que não se pode voltar atrás. A marca registrada é emocional e somente outra vez pelo emocional poderá ser redimida, jamais poderá ser somente pelo conhecimento racional do fato.


Para auxiliá-la na empreitada de se defender do reino vizinho, Malévola encanta um corvo que se torna homem, depois um lobo em sua defesa e ainda mais tarde em dragão para finalmente conquistar suas asas de volta.


O que se depreende disso é que Malévola, agora sem suas asas, se utiliza de outros sentidos para sua defesa e de seu mundo. Sua instancia psíquica masculina adquirida culturalmente é por ela convocada. Em forma de corvo teria grande utilidade para quem perdeu as asas, através do pensamento podemos apreciar tudo que ocorre de longe e assim julgarmos sem emoção, mas de um jeito bem vasto e amplo.


Mas, um corvo é mais do que isso, ele corresponde à fase de putrefação dentro da alquimia. Uma fase de grande importância emocional porque é da degeneração de tudo que já foi que se ergue o novo.


O lobo representa o aspecto dos instintos. Quando não se pode contar com a liberdade e nem com a independência nas ações, o instinto de lobo que carregamos em nós é de grande auxilio para nos defender e nos tirar das armadilhas. Podemos, através dele, nos mantermos firmes sem nos entregar ao sistema monetário de modo a preservar nosso estado de anticorrupção e ética.


O dragão é o guardião dos tesouros ocultos e representa a fase em que Malévola consegue resgatar suas asas através das próprias mãos de Aurora.


Esse acontecimento é de grande crescimento psíquico emocional, denota o momento em que Lilith é acolhida pela instância psíquica feminina do ego o que podemos, de fato, apreciar no comportamento de homens e mulheres que pensam diferente sobre as relações afetivas e suas uniões.


O gênero masculino não aparece como o grande herói como estamos acostumados a ver. O príncipe que deveria despertar Aurora de seu sono profundo, de sua inconsciência emocional sobre o estado de letargia de si mesmo, neste filme não possui esse poder, talvez porque os homens ainda estejam muito perdidos em termos de sua própria identidade frente ao movimento de conquista das mulheres.


Quem desperta Aurora é Malévola com um beijo do "verdadeiro amor", ou seja, a intensidade afetiva que antes lhe colocou em estado letárgico agora a recompõe através do avesso do sentimento de ódio de outrora. Essa é uma transformação da memória emocional. E esta funciona muito além do reconhecimento meramente intelectual. Embora seja ele também essencial para a transformação.


As mulheres assumiram seu lado sombrio e dele tiram proveito para desbancar a ordem estabelecida pelo patriarcado e pela moral cristã.


Os homens, enquanto gênero, ainda não se reconciliaram com Lilith e tudo que ela representa. Ou ficam fascinados sob seu comando ou se põem a fugir e a depreciar horrorizados, ou pior, permanecem ali estáticos, parados, mortos, sem vontade de nada, alienados e indiferentes.


Os dois reinos antes distintos, estão agora reunidos pela então recém-coroada rainha Aurora que conta com a sua boa fada madrinha Malévola para manter o novo reino.


A união dos opostos aconteceu, mas tão somente entre o feminino "do bem" e o feminino "do mal", de modo que as mulheres já não podem mais serem divididas entre boas e más, estão mescladas, saíram da dicotomia para o acolhimento à diversidade.


O Rei está morto, o príncipe não possui energia psíquica suficiente para despertar sua princesa, o princípio de Eros, sua capacidade de amar, portanto está fragilizado e o único aspecto de masculino guerreiro está sob o comando da psique feminina representada aqui por Malévola e Aurora.


Enfim, parece que o filme indica a necessidade do resgate da identidade masculina no mundo atual, porque a feminina está alcançando o reconhecimento de força e poder. O mundo mudou e promete muito mais.


Talvez fosse o caso dos homens começarem a pensar se a sua identidade é mesmo tão somente sua máscara de poder monetário e de controle sobre os afetos e, a partir disso, buscar resgatar sua força e beleza, tornando o mundo político/social mais leve e saudável.


Como no filme, um pouco mais de Eros (capacidade de afetar e de ser afetado), não seria nada mal em meio a tanto Tânatos (capacidade de amortecer, de não sentir nada, de matar e de cortar laços).


Livros consultados e recomendados:
JUNG, C. G. Símbolos da Transformação. Vozes. Petrópolis: 1986.
____ O eu e o inconsciente. 21 ed.Vozes. Petrópolis: 2008


VON FRANZ, M. L. - A interpretação dos contos de fada. 5 ed.Paulus. São Paulo:2005.
____ A sombra e o mal nos contos de fada. 3 ed.Paulus. São Paulo:2002.
BLY, ROBERT – João de Ferro–Um Livro sobre Homens. 5 ed. Campus – R.J.

Ficha Técnica do filme: Título Original: Maleficent (EUA)
Gênero: Fantasia
Direção: Robert Stromberg
Roteiro: Linda Woolverton, Paul Dini
Produção: Don Hahn, Joe Roth, Richard D. Zanuck
Fotografia: Dean Semler
Ano: 2014
Texto de: Sonia Regina Lunardon Vaz
Psicóloga Analítica Junguiana e
Psicoterapeuta Corporal Godelieve Struyf-Denys
Contato: 043-99570843
Email: [email protected]


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