Os servidores públicos estaduais voltaram a ocupar as galerias da Câmara Municipal de Londrina durante a sessão desta terça-feira (24). Laura Lago, representante dos funcionários do Judiciário, falou em plenário e criticou o fato de os parlamentares não terem percebido a presença dos manifestantes no prédio do Legislativo. "A gente chegou fazendo barulho e vocês continuaram a fingir que estão trabalhando", disparou a servidora.
Laura também pediu para que os vereadores representem a vontade dos funcionários em Curitiba, durante a discussão e a votação do chamado "pacotaço" do Governo do Estado. O conjunto de medidas de ajustes fiscais e contenção de gastos deve ser reapresentado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta semana. "A gente não quer só o apoio, mas que vocês nos representem", destacou a servidora.
O presidente do Legislativo, vereador Professor Fabinho (PPS), rebateu as críticas dos manifestantes. "Não admito que você venham aqui nos desrespeitar. O problema está sendo causado pelo governo e não por essa Casa ou pela prefeitura", observou. Ele garantiu, entretanto, que, "apesar do desrespeito", a Câmara vai continuar apoiando o movimento dos servidores.
Os vereadores Gustavo Richa (PHS), Rony Alves (PTB), Elza Correia (PMDB) e Lenir de Assis (PT), que estiveram em Curitiba na segunda-feira (23) acompanhando a retomada da discussão do "pacotaço" na Alep, fizeram coro às declarações do presidente da Casa. "Ontem foi a colação de grau da minha esposa e eu perdi o evento por estar em Curitiba. Da próxima vez que pedirem a minha ajuda, vou pensar duas vezes", disse Richa, que é primo do governador Beto Richa (PSDB).