Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Risco de cassação

Justiça concede liminar contra Tiago Amaral por disparos em massa de mensagens

Bruno Souza - Especial para o Portal Bonde
28 set 2024 às 14:50

Compartilhar notícia

- Douglas Kuspiosz
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Justiça Eleitoral concedeu, neste sábado (28), uma liminar contra a campanha do candidato à prefeitura de Londrina Tiago Amaral (PSD) por irregularidades eleitorais, incluindo disparos em massa e múltiplas violações à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). O candidato recebeu o prazo de 24 horas para comprovar a licitude da sua campanha, que pode perder as redes sociais e, futuramente, até ser cassada.


A ação foi organizada a pedido da coligação da também candidata Maria Tereza (PP). A investigação revelou uma complexa operação de disparos em massa de mensagens eleitorais não autorizadas, por meio de agendas de contatos fornecidas por candidatos a vereador. Além disso, a ação apresenta diversas evidências de condutas praticadas pela coligação de Tiago Amaral em violação à LGPD ao utilizar informações pessoais de eleitores sem o consentimento dos destinatários.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Guilherme Gonçalves, um dos advogados da ação ressaltou, em entrevista à FOLHA, que a LGPD foi adequada para as eleições de 2024 para se adequar ao tratamento de dados que já era direcionado anteriormente a grandes empresas.

Leia mais:

Imagem de destaque
Primeira reunião

CPI das Bets convoca Deolane, Wesley Safadão e Jojo Todynho

Imagem de destaque
Entenda

Vereadores de Londrina aprovam projeto que regulamenta uso de diárias

Imagem de destaque
Sumiram do quartel

PM encontra parte das armas furtadas de batalhão em Cascavel; uma pessoa é presa

Imagem de destaque
Após ações da PF

PT pede arquivamento de PL que daria anistia para condenados pelo 8/1


"Se a empresa é grande e tem que lidar com dados sensíveis constantemente, é necessário que tenha uma implementação profunda da lei. A legislação eleitoral, na resolução 23610 - que regula a propaganda, foi adequada para as eleições, determinando que as candidaturas nas cidades grandes [com mais de 200 mil habitantes] procedessem do mesmo modo, com um encarregado pela proteção de dados, com a validação da política de site e com a gestão de dados, além de ter um responsável por receber reclamações", explicou Gonçalves.

Publicidade


O advogado afirma que a campanha de Tiago Amaral não se atentou a essa necessidade imposta pela lei. Além disso, o prefeiturável também teria contratado robôs para entrar em contato com potenciais eleitores em todo o município.


"Nós descobrimos que a campanha do Tiago Amaral não tem nada [os requisitos impostos pela lei] a princípio. Eles vão ter a oportunidade de provar até amanhã que tem. Além desse ponto irregular, constatamos, através de denúncias, que estava - por meio de grupos de Whatsapp montados por vereadores da coligação dele - usando robôs para falar com pessoas que não têm nenhuma relação com a campanha."

Publicidade


As mensagens enviadas, segundo o causídico, seguiam sempre um mesmo padrão e até mesmo pessoas ligadas à campanha de Maria Tereza receberam os pedidos de voto em Amaral. 


"O texto sempre é igual e pedem dados das pessoas, mais do que os que já tem. Mandaram para um monte de gente. Isso caracteriza três ilicitudes graves: em primeiro lugar, a própria violação da LGPD. Em segundo, o uso de disparo em massa de mensagens e o uso indevido de dados por meio de robô."

Publicidade


A princípio, a ação pede a imediata cessação do uso de robôs de disparo. Também foi pedido que Tiago e todos os vereadores citados apresentem a cadeia política da proteção de dados. O Meta, empresa que gere o Instagram e o Facebook, também foi mencionado para descobrir a origem dos robôs e os autores dos envios. A big tech norte-americana recebeu o prazo de 48h para conceder as informações à justiça. A multa diária para os responsáveis pelo envio das mensagens é de R$ 5 mil para cada disparo feito.


"A gente suspeita que seja a campanha do Tiago, porque o grande beneficiado é ele. É um possível caso de abuso do poder midiático. Se for comprovado, pode chegar a uma cassação, mas não é o nosso pedido imediato", concluiu Gonçalves.

Publicidade


A reportagem teve acesso, no início da semana, a denúncias de pessoas que afirmaram ter recebido as mensagens com pedido de voto a Amaral. A solicitação apresentava as mesmas características das que compõem o processo.


O escritório do advogado Leandro Rosa, que cuida dos assuntos jurídicos de Amaral, respondeu, em nota enviada pela assessoria de imprensa do candidato, que "essa é uma tentativa desesperada da adversária, que agora quer usar a Justiça Eleitoral como palco dos seus atos panfletários de campanha".

Publicidade


A nota ainda destaca que Maria Tereza "entrou com uma ação em que pediu segredo de justiça, mas, logo em seguida, membros da sua própria equipe de campanha apressaram-se em divulgar notas para a imprensa e dar entrevistas públicas, para espalhar sua versão dos fatos, visando dessa forma  conquistar eleitores".


Para o escritório de Rosa, não há qualquer ilegalidade na campanha de Tiago Amaral. Também não houve intimação até o momento. "Quando isso acontecer, Tiago Amaral e coligação vão apresentar a verdade dos fatos e mostrar que são improcedentes as acusações atribuídas pela adversária", concluiu em nota.

Publicidade


A ação corre em segredo de justiça.


*Atualizado às 15h52*


Leia também:

Imagem
Funkeiro tem imagens agredindo ex vazadas e festival de Maringá cancela show neste sábado
Após imagens da câmera de segurança da casa do funkeiro MC Ryan SP serem divulgadas pelo jornalista Léo Dias nesta sexta-feira (27), o show que o cantor faria neste sábado (28) no Maringá Folia, em Maringá (Noroeste), foi cancelado.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo