Dez coletivos e entidades de Londrina propõem um termo de compromisso para ser assinado pelos candidatos a prefeito com indicações de medidas para tornar Londrina uma cidade mais inclusiva. O prazo para a adesão dos candidatos acabava na terça-feira (10), quando, até o fim da tarde, quatro dos dez postulantes à cadeira do Executivo já haviam assinado e dois deviam assinar até a noite.
Os "Dez pontos por uma Londrina sem LBGTfobia” reúne itens como o plano municipal de promoção da cidadania e direitos humanos; o conselho municipal de direitos da população LGBT; decreto que determina o uso do nome social de travestis e transexuais por todos os órgãos da administração pública, além de mecanismos de monitoramento da lei municipal que estabelece penalidades aos estabelecimentos que discriminarem pessoas em virtude de sua orientação sexual (8.812/2002).
As entidades aguardam o documento assinado, com opção do candidato gravar vídeo de até três minutos sobre o termo e também sobre suas propostas de governo para a população LGBT.
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As assessorias e coordenações de campanha dos dez candidatos à Prefeitura de Londrina foram procuradas para a entrega dos documentos. De todos, já haviam aderido, até as 18h desta terça, Márcio Sanches (PC do B), Boca Aberta (Pros), Barbosa Neto (PDT) e Carlos Scalassara (PT).
A expectativa dos organizadores, pelas conversas com as assessorias, era de adesão de Marcelo Belinati (PP) e Márcio Stamm (Podemos). Ainda havia dúvidas, segundo a organização, da adesão de Tiago Amaral (PSB) e Delegado Águila Misuta (MDB).
Já Álvaro loureiro Júnior (PV) e Júnior Santos Rosa (Republicanos), ainda segundo a organização, visualizaram a mensagem de contato das entidades, mas não responderam.
A iniciativa é do Fórum LBGT de Londrina e Região e reúne o Coletivo Elity Trans; Coletivo de Homens Transexuais de Londrina Resiliência T; Rede LGBT Ubuntu; Roda de Conversa Sexualidade e Espiritualidade da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; Movimento Construção, Bloku da Elke; ALIA – Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids; Mães pela Diversidade e Comissão de Direitos Humanos da Subseção da OAB em Londrina.
Vinícius Yoma Bueno articula o Fórum LGBT de Londrina e região e explica o porquê do documento. "O município de Londrina precisa reconhecer a existência de pessoas LGBT. A gente é médico, cabeleireiro, vendedor ambulante. A gente quer ser tratado pelo que a gente é. Moramos em Londrina, pagamos impostos e precisamos de políticas públicas. Não de discriminação”.
Coordenadora em Londrina do Mães pela Diversidade, Sônia Camargo espera que as reivindicações tenham apoio dos candidatos. "Seja qual for o pretendente que assuma a prefeitura deve ter o compromisso de tornar essa cidade acolhedora e aberta à população LGBT. Para o "Mães”, todo e qualquer LGBT é nosso filho. E merece direito à saúde, moradia, além de respeito”.
*Diferente do informado inicialmente, o prazo para adesão terminava na terça-feira, e não na quarta-feira (11), data prevista para divulgação do resultado consolidado. Também foi corrigido o partido do candidato Boca Aberta.