Política

PT apresenta contas da campanha

25 nov 2000 às 13:06

Seiscentos mil reais. Este é o tamanho da dívida que o Partido dos Trabalhadores acumulou durante as eleições municipais, ao tentar eleger o deputado estadual Ângelo Vanhoni para o cargo de prefeito de Curitiba. Os petistas agora correm atrás do dinheiro para cobrir o furo. A intenção é angariar fundos para quitar os débitos, por exemplo com gráficas, por meio das rifas de dois carros, cujo cada número está sendo vendido a R$ 150,00. Também, está planejada uma festa para o primeiro fim de semana do próximo mês. Mas, tudo isso não será suficiente. E, inclusive, não está descartada a hipótese de se contrair um empréstimo bancário, que seria quitado pelo partido e seus militantes.

"O diretório municipal do PT gastou R$ 1,5 milhão na campanha", disse um dos responsáveis da coordenação do partido, Elton Barz. A maior parte desse dinheiro veio de doações de profissionais liberais e foi gasto com a produção dos programas de rádio e televisão, que abocanhou 35% dos recursos totais. "Depois, vem pagamento com pessoal", afirmou, acrescentando que seriam responsáveis por mais 25% dos R$ 1,5 milhão.


Esses números detalhados serão entregues ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no fim desse mês, quando se encerra o prazo de prestação de contas, dos candidatos que concorreram ao segundo turno em Curitiba. "O partido entrega a papelada de prestação de contas no último dia", avisou Barz. Porém, os credores do PT terão que esperar um pouco mais, afinal, o representante do partido informou que a quitação dos débitos deve demorar um pouco mais para ser zerada.


Quanto às prestações de contas do prefeito reeleito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), sua assessoria de imprensa disse que a documentação teria sido entregue ontem. No entanto, os valores gastos não foram divulgados. Extraoficialmente, Taniguchi teria desembolsado R$ 3 milhões para vencer o PT.

Já os demais candidatos que disputaram a penas o primeiro turno prestaram contas no fim de outubro. Maurício Requião (PMDB), terceiro colocado, gastou R$ 160 mil. O quarto colocado da disputa, Luiz Forte Netto (PSDB), desembolsou em torno de R$ 360 mil.


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