Os ex-prefeitos de São Paulo Paulo Maluf e Celso Pitta dilapidaram os cofres da mais importante cidade brasileira em mais de US$ 250 milhões. As conclusões são da Polícia Federal.
As informações baseiam-se em depoimentos prestados pelos doleiro Vivaldo Alves, 60. Usando o mecanismo da delação premiada (tornar-se um réu colaborador em troca de redução da pena), Alves revelou que trabalhava a mando de Flávio, filho de Maluf, e tratava do envio de dinheiro ao exterior através do Safra International Bank, de Nova Iorque. Ele afirmou que abriu três contas em Nova York, em nome de Flávio Maluf e fazia as transações por fax ou telefone.
Segundo o doleiro, os depósitos em offshores também contemplaram o marqueteiro Duda Mendonça. Ele trabalhou para o PT e ajudou a eleger Maluf e Pitta para a prefeitura de São Paulo. Duda falou, por meio de seu advogado, que só vai se manifestar diante das autoridades.
A polícia já havia pedido a prisão preventiva dos três acusados por suspeitas de tentativa de suborno de testemunhas. O pedido está sendo analisado pela Justiça. Grampos da PF registraram Maluf e Flávio tentando impedir que Vivaldo fizesse as declarações à policia.
A assessoria de imprensa de Maluf julgou o pedido de prisão uma "cortina de fumaça" criada para desviar o foco das denúncias que envolvem o governo Lula.
Maluf, Pitta e Flávio são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, corrupção, peculato e formação de quadrilha.
Fonte: Terra