Política

Lerner minimiza derrota do PFL no Congresso

16 fev 2001 às 11:21

Ao avaliar a derrota do PFL na Câmara e no Senado, o governador Jaime Lerner (PFL) disse ontem que o resultado não terá impacto no cenário paranaense. "Foi um episódio eleitoral, em ambos os casos. Qualquer que seja o resultado, não diminui nenhum partido", comentou. Lerner acredita que o fato não vai afetar a base política do governo. "Mesmo porque os "bombeiros" já estão a postos para resolver o problema, e o governo terá que trabalhar para recompor sua base".

Jader Barbalho (PMDB-PA) foi eleito para a presidência do Senado e, na Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG) derrotou Inocêncio Oliveira (PFL-PE). Segundo o governador, a vitória de um tucano e um peemedebista no Congresso não altera o cenário político no Paraná. "Essas eleições serão metabolizadas", comentou. Em visita a Curitiba, Oliveira havia afirmado que poderia dar sustentação a uma possível candidatura de Lerner à presidência.


O secretário chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, admitiu a derrota do partido. "Não dá para negar que o PFL saiu derrotado". Entretanto, o secretário acredita que ainda existe uma "longa distância" até as eleições, e que o governador Jaime Lerner continua sendo um nome viável para a presidência. "Dá tempo de corrigir eventuais perdas", comentou. "Agora, mais do que nunca, o PFL precisa de um candidato forte", emendou Alceni Guerra. O governador preferiu não polemizar em torno da derrota de Inocêncio Oliveira e disse que "o que viabiliza uma candidatura é o povo".

O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Durval Amaral (PFL), compartilha da opinião do governador. Para ele, a curto prazo o resultado em Brasília não influencia a política paranaense. Amaral defende que o PFL tenha candidato próprio para a sucessão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O projeto do governador tem que ser construído dentro do partido", comentou. O presidente da Casa, Hermas Brandão (PTB), preferiu não debater o assunto e disse que sua preocupação é com a Assembléia. Mas lembrou que a política "é muito dinâmica, e as coisas mudam rapidamente".


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