Política

Justus prepara-se para assumir Secretaria dos Transportes

24 nov 2000 às 19:50

O presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (PTB), já começa a se preparar para assumir a função de secretário dos Transportes. Apesar dele e do governo de Estado não oficializarem o seu nome para o cargo, o deputado disse à Folha que estará se reunindo até segunda-feira com o ex-secretário de Transportes e conselheiro do Tribunal de Contas, Heinz Herwig. A reunião vai servir para que o deputado saiba como está a situação da pasta.

O deputado disse que a reunião com Heinz está acontecendo para poder se informar sobre o pedágio. "Recebi uma pauta de reivindicações e tenho que dar respostas sobre o assunto", disse Justus. A justificativa do presidente da Assembléia Legislativa referia-se a visita de entidades de classes, que foram ao seu gabinente pedir apoio para que intermediasse uma negociação direta com o governo de Estado.


No entanto, apesar das negativas e desculpas do deputado, Justus vem ajeitando o seu caminho rumo à cadeira do terceiro andar da Avenida Iguaçu, 420, onde se encontra o gabinete da Secretaria de Transportes. A intenção é assumir a pasta, depois que o assunto pedágio se resolva.


Justus não quer sentar na cadeira com o ônus do reajuste nas costas. Por isso, o governo trabalha para amenizar os impactos negativos de um reajuste de preços das tarifas. Outro item que ainda pode interferir na data de posse do deputado é a eleição da mesa da Assembléia.


Abertamente, Justus vem participando da composição da chapa, que será encabeçada pelo deputado Hermas Brandão (PTB), que atualmente cuida da primeira-secretaria da Casa. Nessa chapa, seria incluído no cargo de primeiro-secretário o atual líder do governo, o deputado Valdir Rossoni (PTB), que oficialmente ainda mantém sua candidatura.

"Estou ajudando no cerzimento dessa composição, fazendo uma costura invísivel", afirmou o presidente da Assembléia. O trabalho do deputado tem a benção do Palácio Iguaçu, que também vê com bons olhos uma composição de Rossoni e Hermas, ambos da base governista.


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