O advogado José Maria Martins do Nascimento disse ser inocente e questionou a ação de promotores de justiça na investigação do grampo telefônico no gabinete da ex-secretária da Administração, Maria Elisa Paciornik, em outubro de 1999. Ele prestou depoimento à Comissão Especial do Governo do Estado que apura denúncias de escutas telefônicas em órgãos públicos.
Nascimento negou que tivesse qualquer envolvimento com o possível grampo telefônico no gabinete de Paciornik. Em outubro de 1999, técnicos da Telepar encontraram um "desvio" da linha do telefone do gabinete da então secretária que levava até o escritório de advocacia de Nascimento, na rua Colombo, que fica no bairro Centro Cívico.
"Fui indiciado injustamente porque na busca feita pela polícia e promotores em meu escritório não foi encontrado nenhum indício de meu envolvimento nesse caso", afirmou. "Além disso, a Telepar nunca disse em qual das minhas linhas estaria ligado esse grampo, eles falam que encontraram a ligação na caixa externa de linhas do prédio onde está meu escritório e qualquer pessoa teria acesso a essa caixa."
O advogado reclamou do tratamento que recebeu dos promotores da Promotoria de Investigações Criminais (PIC), no caso. Nascimento disse que durante mais de um ano que a investigação esteve na PIC ele não teve acesso aos documentos. "Fui uma dezena de vezes, falei com vários promotores e sempre davam uma desculpa, só pude ler os procedimentos no início desse ano, quando fui depor no inquérito do 3º Distrito Policial", explicou à comissão.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira