A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negocia a votação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) a toque de caixa para garantir o cumprimento de promessas de campanha do petista.
A medida foi discutida em uma reunião do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), com o relator da proposta de lei orçamentária de 2023, senador Marcelo Castro (MDB), nesta quinta-feira (3).
No entanto, segundo Alckmin, o valor da chamada "PEC da Transição" ainda não foi debatido. O objetivo dessa medida seria garantir o pagamento de R$ 600 para os beneficiários do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, já a partir de janeiro.
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Para isso, no entanto, a PEC precisaria ser aprovada até 15 de dezembro, em votações que exigiriam maioria qualificada de três quintos da Câmara e do Senado.
O Bolsa Família de R$ 600 foi uma das principais promessas de campanha de Lula, mas a proposta orçamentária do governo de Jair Bolsonaro prevê apenas R$ 405, uma vez que o valor do benefício foi ampliado somente até o fim de seu mandato para tentar aumentar sua votação no Nordeste, principal reduto lulista.