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Ex-deputado

Delator do mensalão, Roberto Jefferson diz que 'não se arrepende'

Agência Estado
14 nov 2013 às 21:15

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- Marcello Casal Jr/ABr
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Recolhido em sua casa na pequena Comendador Levy Gasparian, cidade da Região Serrana do Rio na divisa com Minas Gerais, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, delator do esquema do mensalão, afirmou nesta quinta-feira, 14, em seu blog e pelo Twitter que não se arrepende do que fez, e que acredita que a política brasileira pode melhorar daqui por diante.

O primeiro texto, sob o título "Nem tudo está perdido", foi publicado às 9h56: "Há oito anos denunciei ao País o maior escândalo que jamais presenciei no Planalto Central desde que me tornei deputado. Tudo realizado por quem, por décadas, apontou o dedo para muitos, acusando-os de corruptos, dando início à nefasta judicialização da política brasileira."

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E continuou: "Fui cassado e tive meus direitos suspensos por 10 anos; ontem, a Corte Suprema do meu País decretou minha prisão. Estou satisfeito com a decisão? Mentiria se dissesse que sim; conforta-me, porém, a crença de que a política brasileira, daqui para a frente, pode ser melhor".

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Às 9h58, mudou de assunto. Uma postagem breve, de título "Voltamos quando Deus quiser", dizia: "Amanhã o Brasil comemora a Proclamação da República. Um bom feriado a todos. E não esqueçam: se forem dirigir, não bebam."

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Quarenta minutos depois, ele voltou a se manifestar: "Não (tenho arrependimentos), tudo certo. Não me regozijo, sou um réu condenado como todos os outros, vamos aguardar que se cumpra o destino".


De manhã, Jefferson fez fisioterapia e apareceu na porta de casa, que ficou cercada por jornalistas. Estava com sua mulher, Ana Lucia Novaes. Afirmou que não sabia se iria se apresentar à Polícia Federal, no caso de sua prisão ser decretada, ou se esperaria em casa. " Vou combinar com meu advogado, vou aguardar, tenho até o fim do dia".

À tarde, embora a sogra do ex-deputado, Marlene, tenha chegado a dizer que Jefferson se manifestaria, ele permaneceu dentro de casa e não falou com os jornalistas. O ex-deputado teria sido orientado por advogados a não falar para não prejudicar a estratégia de sua defesa.


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